sábado, 15 de março de 2014

Rebatendo alguns argumentos anti-Diesel populares entre os entusiastas de híbridos com ignição por faísca

Nesses tempos em que confunde-se liberdade com libertinagem, e a tão aclamada "liberdade de expressão" está mais concentrada nas mãos de minorias ávidas por silenciar o direito de crítica alheio, o simples ato de defender a liberação do uso de motores Diesel em veículos leves é muito estigmatizado nessa republiqueta de bananas. Em meio a uma população alienada que diz amém à Rede Globo, à Petrobras e a qualquer vagabundo que alegue ter sido "torturado" durante o Regime Militar, garantir privilégios e a perpetuação de irregularidades parece ser a tônica predominante...

Entre os milhões de idiotas-úteis que se consideram "engajados", "politizados" e "revolucionários" mas na prática aceitam passivamente o crachá de otário, destaca-se o vasto grupo de simpatizantes dos automóveis híbridos, iludidos pela promessa de uma "performance ambiental" superior à dos motores do ciclo Diesel. O isolamento do mercado brasileiro favoreceu que a ignorância necessária para essa mentalidade ganhar espaço, e qualquer um que "ousar" apontar alguma incoerência nos discursos "ecologicamente-corretos" é perseguido por imbecis que eventualmente usem de um título acadêmico como pretexto para arrotar uma falsa "autoridade científica". Para quem acredita que um diploma universitário realmente dê alguma superioridade moral, vale destacar que muitos dos problemas políticos, econômicos e sociais que atualmente afligem o Brasil encontraram nas universidades um ambiente bastante propício para serem fomentados por uma legião de vagabundos ávidos por maconha e putaria...

Em oposição a um mercado realmente livre, ocorre um pesado intervencionismo estatal, mais em âmbito regulatório do que em termos de fomento ao progresso e desenvolvimento de tecnologia com capital nacional. É muito mais fácil ditar o que não se pode fazer do que proporcionar um ambiente adequado à busca por alternativas economicamente viáveis e que possam ser bem integradas em um contexto econômico, político e social, como seria uma eventual liberação do Diesel. É muito fácil enaltecer o terrorismo rural e depois jogar a culpa de todos os problemas para o agribusiness, enquanto o potencial da agroenergia no combate ao êxodo rural como alternativa de renda para o produtor de pequena escala (o que atualmente é citado em discursos politiqueiros como "agricultura familiar") é solenemente ignorado...

Enquanto o uso de óleos vegetais brutos que podem ser extraídos de espécies rústicas como a mamona em qualquer fundo de quintal vem sendo negligenciado, além dos impasses inibindo a venda do etanol de microdestilarias diretamente ao consumidor varejista, a possibilidade de uma eventual fabricação brasileira de alguns modelos híbridos de ignição por faísca, e respectiva adaptação dos motores para operar também com etanol, é enaltecida tanto por politiqueiros que vislumbram a possibilidade de assegurar uma teta quanto por leigos e pseudo-especialistas que não se dão conta de toda a jogada meramente arrecadatória por trás desse súbito interesse do governo brasileiro pelos híbridos. Um povo dependente da gasolina e do etanol, cujo mercado é controlado à mão de ferro pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), é muito mais lucrativo como gado eleitoral do que se tivesse a liberdade de usar óleo de fritura saturado ou mesmo óleo de mamona virgem produzido no próprio quintal como combustíveis alternativos...

Em aspectos de "performance ambiental", sempre que alguma vantagem inerente ao Diesel é escancarada, os simpatizantes dos híbridos apelam para que "não se compare maçãs com laranjas", mas na prática quando tomam o Diesel como bode expiatório estão igualmente "comparando maçãs com laranjas". Nesse jogo de dois pesos e duas medidas, não é de se duvidar que tentem impor cotas mínimas para híbridos no mercado brasileiro, a exemplo do que a Califórnia tentou fazer com os elétricos a pouco mais de uma década. Pois bem, se tentam a qualquer custo desmerecer a superioridade técnica da ignição por compressão, não deveriam se opor a uma comparação de "performance ambiental" contra uma motocicleta com side-car...
Embora muito mais rústica, uma motocicleta de baixa cilindrada (como por exemplo uma Honda CG 125 Fan) equipada com side-car ainda alcança médias de consumo na ordem de 25 a 30km/l, enquanto um Toyota Prius dificilmente supera os 25km/l. Mas é muito mais conveniente se iludir de que está "salvando o planeta" a bordo de uma saboneteira de luxo com ar condicionado, bancos de couro e tantas gadgets quanto for possível, que no entanto depende de uma maior quantidade de matérias-primas e recursos energéticos para ser produzida do que o conjunto formado pela moto e pelo side-car, além de todos os componentes que venham a necessitar de substituição ao longo da vida útil operacional do veículo, e do impacto ambiental provocado pelas baterias tracionárias desde a produção até o descarte e eventual reciclagem.

Ainda há quem se iluda achando que o custo de manutenção de um motor Diesel seja caro demais, mas quem defende essa teoria parece ignorar toda a complexidade que velas, cabos de vela e bobinas de ignição acrescentam aos motores de ignição por faísca. Fora isso, os intervalos mais espaçados entre alguns procedimentos de manutenção fazem com que os custos de peças e insumos para um motor Diesel fiquem mais diluídos ao longo da vida útil operacional, que também é usualmente mais extensa, e para os parasitas governamentais de plantão quanto menos o cidadão estiver gastando é menos imposto a ser surrupiado. Ao considerarmos ainda as peculiaridades do sistema de tração elétrica incorporado aos híbridos, é aí que mora o perigo: além do perigo de tomar um choque, é um fator de risco a mais para incêncios, e a bateria libera vapores tóxicos quando superaquecida. O combate a incêndios e o resgate a vítimas em acidentes com automóveis híbridos e elétricos também são mais perigosos que o normal...

Por mais que os híbridos pareçam bons na teoria, e constantemente sejam alardeados como uma solução para o futuro, na prática se mostrariam mais adequados num mundinho cor-de-rosa que segue longe da nossa realidade...

4 comentários:

  1. Eu ter um motociclo URAL Rússia com carro lateral e não intercambiar por hybrid nunca. Saudações de Yerevan.

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    1. Boa escolha. Dificilmente um híbrido com capacidade de incursão off-road comparável à Ural teria uma manutenção tão simples.

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  2. Já passou da hora de liberar motor a diesel em carro pequeno.

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  3. Híbridos até não são a pior coisa do mundo mas quando são apresentados como um pretexto para continuar proibindo os carros a diesel é foda mesmo.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html