segunda-feira, 7 de abril de 2014

Caso para reflexão: Opel Astra A/F

Durante a década de '90 o mercado brasileiro foi novamente aberto para as importações de automóveis, e modelos como o Opel Astra A (ou Astra F se considerarmos o padrão adotado pela Vauxhall inglesa) ganhavam as ruas brasileiras. Importado da Bélgica, apesar de ter sido lançado em '91 chegou ao mercado brasileiro apenas no ano de '95 e por aqui era comercializado como Chevrolet e vinha com o motor 2.0L MPFI a gasolina e o câmbio manual de 5 marchas já usados no Kadett e no Monza, mas devido a uma alteração nas alíquotas do imposto de importação de 20% para 70% em '96 fez os planos da General Motors do Brasil sofrerem uma mudança, forçando uma descontinuidade das importações. No exterior, durou até '98 (à exceção do leste europeu onde teve sobrevida até 2002), e nos últimos anos em alguns mercados como a Argentina e o Uruguai esteve disponível apenas com o motor Isuzu 4EE1 Diesel em versões de aspiração natural ou turbo.
No entanto, apesar da política tributária brasileira trazer um clima de insegurança que afasta alguns investimentos, o ponto a ser salientado agora é o fato do Brasil ter sido, junto com Taiwan, um dos únicos mercados onde o Opel Astra A não teve disponibilizado o 4EE1 devido a restrições ao uso do óleo diesel baseado em capacidades de carga, passageiros ou tração. O governo taiwanês, no entanto, teve o bom senso de liberar o Diesel em 2004. Já nessa republiqueta bananeira, apesar da viabilidade econômica e social em implantar um programa de biodiesel tão amplo quanto foi o ProÁlcool, continuamos reféns de uma partidarização do setor energético brasileiro. Se no caso dos militares, apesar do erro em restringir o uso do Diesel, houve uma razão nobre para promover o etanol como alternativa de autonomia energética para o país frente aos altos custos do petróleo após a humilhante derrota dos árabes na Guerra do Yom Kippur, o atual uso político dos custos da gasolina e do óleo diesel como uma forma de maquiar a inflação estão dilapidando a Petrobras ao mesmo tempo que provocam um verdadeiro crime contra a ordem econômica ao inviabilizar uma concorrência justa para os biocombustíveis...
Houve também uma versão wagon para o Astra '95, com a mesma falta de opção em matéria de motores...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html