terça-feira, 6 de março de 2018

Great Wall Hover H5 com motor turbodiesel e placas paraguaias

Avistei durante a noite essa Great Wall Hover H5 em Porto Alegre, e naturalmente o ruído típico dos motores Diesel me chamou a atenção. Cheguei a perguntar ao proprietário qual motor a equipava, e ele alegou que o motor seria Toyota. Já sabendo que no tocante aos motores Diesel em caminhonetes de fabricação chinesa o mais comum ainda é recorrer a imitações dos motores Isuzu série J como os 4JA1 de 2.5L e 4JB1 de 2.8L enquanto modelos a gasolina geralmente usam cópias dos Mitsubishi 4G63 de 2.0L e 4G69 de 2.4L ou o Toyota 4Y de 2.2L, me causou alguma surpresa a informação dada pelo paraguaio, que aparentemente não estaria 100% apurada.
Em meio a tantas cópias que não alteram tanto algumas características básicas dos Isuzu 4J originais, principalmente o comando de válvulas no bloco e as duas válvulas por cilindro, a Great Wall chegou a recorrer ao comando duplo no cabeçote e 4 válvulas por cilindro ao menos na versão do 4JA1 que usa em alguns modelos, inclusive no H5 em alguns mercados. Há ainda um motor de 2.0L que a Great Wall alega ter desenvolvido por conta própria, mas ao comparar as especificações com os de origem Isuzu não seria de se descartar que tenham servido ao menos como "inspiração". Afinal, enquanto o 4JA1 tem diâmetro de pistões de 93mm e curso de 92mm, e o 4JB1 compartilha o mesmo diâmetro com curso alongado para 102mm, o motor GW4D20 de 2.0L sempre equipado com comando de válvulas duplo no cabeçote e 4 válvulas por cilindro tem diâmetro de pistões de apenas 83,1mm mas mantendo o mesmo curso do 4JA1.

10 comentários:

  1. No me iba a sorprender que los chinos hayan tan solo modificado el 4JA1 en vez de desarollar un motor 100% nuevo.

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  2. Em se tratando de motores chineses, ainda parece mais fácil que um projeto "original" seja basicamente uma mistura de elementos oriundos de diferentes motores ou alguma outra gambiarra.

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  3. Dessa marca eu só tinha visto antes uns modelos a gasolina, mas essa terça vi um a diesel também. Mas o que eu vi tinha outra grade.

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  4. Ya vi un de eses. Quizás no sea de todo malo, al menos para sacar partes del motor y usarlas de repuesto en los Isuzu Rodeo.

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  5. Soy de Bolivia y conocia versiones con motor diesel, pero las que conocia yo tenian tan solo el 2.8 casi todo igual a los Isuzu. Aún que ahora no se pueda más importar camionetas, minibuses y vagonetas con motor diesel más chico que 4 litros, se las cambian por droga en las fronteras y siguen en circulación con chapas falsas.

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  6. Bem provável de ter acontecido uma adaptação, para não dizer gambiarra mesmo, com o motor das Isuzu Rodeo que os argentinos usavam muito na década de 90.

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  7. Não recrimino quem compre carro chinês novo, mas eu se fosse paraguaio iria preferir um daqueles Toyotas ou Nissans que eles conseguem importar já usados direto do Japão.

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    1. Devo confessar que eu também ficaria tentado. Eu gosto daquelas Toyota HiAce 4WD que hoje até onde eu saiba só estão sendo vendidas regularmente no Japão mesmo.

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  8. Já vi um parecido com esse no Brasil mesmo, mas era preto e a grade era diferente.

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    1. Tem um mais antigo aqui em Porto Alegre, preto e com uma grade menor, mas com motor a gasolina.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

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