Não há de se duvidar que esse Celtinha leve mais carga do que muita caminhonete... |
Em função do custo inicial inferior, se vê muitos carros compactos como o Fiat Uno sendo utilizados para trabalho, enquanto algumas caminhonetes legalmente aptas a usar o Diesel, como a Dodge Dakota, no que depender do proprietário nunca vão carregar mais do que uma meia dúzia de sacolas de supermercado...
Além da maior eficiência térmica em comparação com o ciclo Otto, predominante nos automóveis disponíveis no mercado brasileiro, hoje os principais estereótipos que davam ao Diesel a fama de poluidor foram devidamente neutralizados com o progresso da tecnologia de sistemas de injeção e gerenciamento de motores, bem como o pós-tratamento de gases de escape. Não é à toa que mesmo alguns veículos com aerodinâmica pouco apurada como o Fiat Fiorino Qubo, quando equipados com motor Diesel, obtém uma eficiência que permite manter a competitividade mesmo com relação aos híbridos como o Toyota Prius.
Um dos casos mais intrigantes, ao se observar o nicho de mercado dos veículos "ecológicos", é o da versão brasileira do Volkswagen Polo BlueMotion: enquanto os europeus disfrutavam de um TDI com médias de consumo orbitando os 25km/l em tráfego urbano e 30km/l em rodovia, do lado de cá do Atlântico o mesmo EA-111 1.6L TotalFlex não vai além dos 21km/l com gasolina na estrada...
Não faz sentido manter o consumidor brasileiro alheio às vantagens técnicas do Diesel, que em função da estupidez burocrática está alçado à condição de privilégio reservado a quem possa ter um veículo naturalmente mais beberrão em função do porte avantajado e/ou das capacidades de carga e tração, como por exemplo uma Ford F-1000 ou um Hyundai Terracan.
Infelizmente, a incompetência estatal é institucionalizada, e quem acaba recorrendo a veículos de menores dimensões e capacidades, como uma Fiorino ou uma Ford Courier, fica refém de burocratas arbitrários sem nenhum embasamento técnico nem conhecimento prático do cotidiano do setor de transportes, e totalmente rendido a um governo que não dá a mínima importância para a segurança energética e eventualmente lança mão de falácias com um falso viés ambientalista num intento de mascarar a própria incompetência e má-vontade perante os cidadãos.
Peugeot 106: no exterior, algumas versões com motor Diesel beiravam os 30km/l com facilidade |
Para os temerosos quanto a um eventual desabastecimento apontado constantemente pelos críticos mais alarmistas, prejudicando o transporte rodoviário de longa distância feito com caminhões, principal modal do escoamento da produção brasileira, convém ressaltar a maior adaptabilidade dos motores do ciclo Diesel a diversos combustíveis alternativos, desde óleos vegetais puros até o etanol, com maior eficiência e menos variações no desempenho do que a atual geração de motores "flex".
Peugeot 504: apenas a versão pickup foi importada oficialmente, por ser a única legalmente apta ao Diesel |
Tem que liberar logo motor a diesel, pelo menos para taxista. Antes do gás virar moda só taxista podia usar.
ResponderExcluirPoderia até ser um começo, mas a essa altura do campeonato é melhor liberar também para o consumidor normal logo de uma vez.
ExcluirO Brasil de Lula quer os Taxicista os transportadores em geral gastem todo o dinheiro que ganha em manutenção e combustíveis, com veículos cada vez mais fragíl quebrando com pouco KM.Por isso que o mercado de veiculo aqui vai piorar por que o brasileiro está comprando porcariada e não tão nem querendo carro mais novos por que estão quebrando mais que os veículos velhos...isso e uma vergonha...fora o ipva e o dinheiro que os nosso dirigentes levam das montadoras..E o mesmo roubo da petrobras ...Efeito domino e desesperador..
ResponderExcluirVejo muito peão usando carro pequeno para carregar material de obra, então impedir eles de usar motor a diesel é penalizar quem trabalha. Isso tem que acabar um dia.
ResponderExcluirBrasil é essa semvergonhice mesmo, e o povo pagando o pato.
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