É relevante salientar que a operação segue cronogramas rígidos, quase como a logística de recursos militares, e para conferir uma certa agilidade a veículos com peso bruto total entre 7 e 9 toneladas, perfil em que se enquadra a maioria dos carros-fortes brasileiros, mesmo um motor Diesel de 4 cilindros entre 3.6L e 5.0L mostra-se até mais eficaz que os tão idolatrados V8 a gasolina. Até motores antigos e de potência modesta como o OM314 da Mercedes-Benz, anterior à massificação do turbo, seguem enfrentando a árdua rotina desse serviço.
Mesmo durante as paradas, é usual que os veículos permaneçam com o motor acionado, o que se por um lado poupa segundos que o motorista teria para reagir a uma ameaça e dar início a manobras evasivas acaba por aumentar o consumo médio de óleo diesel. O sistema de desativação automática em marcha-lenta (Start/Stop), que se mostra mais vantajoso em ambiente urbano e é amplamente empregado em híbridos, ainda não é tão popular em veículos pesados a nível mundial, tampouco nacional onde ainda é encarado mais como curiosidade e, quando aplicado a motores Diesel, enfrenta até a desconfiança de potenciais consumidores sobretudo em função de eventuais contratempos na partida a frio e manutenção da temperatura-padrão de funcionamento durante a operação no inverno, mesmo que tais inconvenientes já tenham soluções conhecidas e facilmente aplicáveis.
Também é conveniente recordar as vantagens no tocante às rotinas de manutenção: com maiores intervalos entre procedimentos mais simples, associados a uma durabilidade superior, pode-se manter os cronogramas de serviço com uma margem de segurança mais ampla sem comprometer a correta conservação dos veículos, reduzindo riscos de falhas mecânicas. Por parte do operador, o domínio de técnicas como uma exploração mais efetiva da potência de frenagem (freio-motor) prolonga a vida útil dos freios, que são um ponto particularmente crítico na condução de um veículo pesado...
Finalmente, pode-se deduzir que o Diesel apresenta qualidades que ainda o credenciam como uma solução inquestionável para os veículos de transporte de valores, mesmo em meio às limitações trazidas pela atual legislação de emissões de poluentes...
Teve uma época que a Brinks queria botar uma frota de carro forte a gás em São Paulo, mas não deu certo.
ResponderExcluirTinha tudo para dar errado, o peso e o volume de um kit gás se tornam ainda mais trabalhosos de acomodar num carro-forte.
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