1 - eliminar a correia dentada: um dos pontos que mais causaram insatisfação inicialmente, a correia dentada costuma requerer um pouco mais de atenção comparada ao uso de corrente de comando, ou de um acionamento do comando de válvulas só por engrenagens como no caso dos motores Perkins da série 1100 de um modo geral;
2 - possível compatibilidade com sistemas de diagnóstico eletrônico OBD-2: como algumas versões do motor Perkins 1103 mesmo recorrendo à injeção mecânica podem ser especificadas com governador eletrônico, e algumas ferramentas de diagnóstico eletrônico de falhas específicas para a Perkins contam com um plug adaptador para o padrão OBD-2, já é possível atender a uma exigência implementada com as normas Euro-5 no Brasil em 2012, e portanto até um motor absolutamente austero e a princípio mais provável de ser encontrado em maquinário agrícola já seria eventualmente adaptável numa Amarok sem prejuízos à observância de algumas peculiaridades técnico-burocráticas;
3 - modularidade de sistemas de pós-tratamento de gases: uma adaptabilidade de diferentes sistemas de controle de emissões, como o filtro de material particulado (DPF) e a opção entre EGR ou SCR para a redução dos óxidos de nitrogênio (NOx) de acordo com as exigências de diferentes mercados pode ser útil para quem considere demasiado arriscado usar um motor incompatível com as normas em vigor no Brasil, mas sem abrir mão da rusticidade inerente à série 1100;
4 - receptividade ao outsourcing de motores: antes praticamente uma regra entre as pick-ups médias de fabricantes sediados fora do Japão, embora no Brasil até a Nissan tenha recorrido a esse expediente a princípio para cumprir índices de nacionalização de componentes, o outsourcing de motores no caso das versões turbodiesel ainda encontra receptividade junto a uma parcela do público mais interessada pelas características essencialmente utilitárias dessa categoria de veículos. Portanto, embora essa opção esteja indisponível para versões normais de linha da Amarok, pode tornar ainda mais tentadora uma eventual adaptação;
5 - tradição da Perkins: embora tenha se retirado do mercado de motores veiculares, tanto em modelos mais leves quanto pesados, a importância histórica da Perkins é inegável até mesmo no Brasil onde uma cultura dieselhead menos centrada na austeridade teve um desenvolvimento relativamente tardio. Vale até lembrar que a própria Volkswagen chegou a usar motores Perkins em alguns modelos de caminhões leves tanto no Brasil quanto na Europa.