Ainda assim, para cobrir a distância percorrida com um litro de óleo diesel convencional são necessários quase 3 litros de GNL. Nesse aspecto, até o etanol é mais eficiente, não apresentando um incremento em volume superior a 100% no consumo, além de poder operar com a ignição por compressão sem a necessidade de uma injeção-piloto de óleo diesel para promover a ignição, como se faz necessário com o gás natural quando o motor não é convertido ao ciclo Otto (4-tempos com ignição por faísca). Também há de se considerar que os tanques para armazenamento de etanol podem ser mais simples e leves, sem agregar tanto peso morto ao veículo de modo que possa comprometer a rentabilidade na operação de transporte comercial, além da infra-estrutura de reabastecimento ser muito mais simples de se implantar.
A nível mundial, a infra-estrutura para reabastecimento de veículos com GNL ainda é mínima, sendo que no continente europeu não há mais do que 38 postos que o disponibilizam, enquanto nos Estados Unidos e Canadá concentram-se nas bases operacionais de grandes frotistas, desde empresas de logística até órgãos públicos, acessíveis apenas às respectivas frotas de serviço. No mercado brasileiro, a Volvo iniciou experiências com o GNL usando um cavalo-mecânico Volvo FM 460 6x4 importado da Suécia, contando com uma licença especial para a operação, visto que o sistema ainda não é enquadrado formalmente pelo ao Ibama/Proconve nas atuais normas de emissões, apesar da alegada paridade com o padrão Euro-5.
Vídeo de instruções para condução segura de veículos com sistema GNL, oferecido pela Westport, empresa do grupo Cummins que desenvolve sistemas para combustíveis gasosos. Áudio em espanhol.
Porém, a maior complexidade do sistema de armazenamento traz riscos associados à segurança operacional nos veículos movidos a GNL. A liquefação só é possível por criogenia, resfriando o gás a -162°C, e o tanque de combustível necessita ser isolado termicamente para manter a temperatura a -135°C com o auxílio de fluidos criogênicos até ser regaseificado para o processo de injeção. A pressão no tanque também pode chegar à ordem de 230 libras/pol³. O reabastecimento chega a ser até mais perigoso que com o GNV, demandando proteções adicionais contra incêndio e queimaduras criogênicas.
Em caso de vazamentos, ou da liberação automática de algumas quantidades do combustível por meio de válvulas de segurança para alívio de pressão interna, o gás se expande (regaseifica) muito rapidamente em função da temperatura ambiente mais elevada e pressão atmosférica mais baixa, e durante esse processo "empurra" o oxigênio para fora de locais fechados, tanto numa garagem quanto na própria cabine do veículo, o que pode levar à morte por asfixia, e assim, requerendo protocolos de segurança muito mais rígidos que num veículo movido somente por óleo diesel, biodiesel, óleos vegetais ou etanol. Também acaba requerendo cuidados adicionais na passagem por túneis e um maior perímetro de isolamento em caso de emergências. Não pode ser desconsiderado, ainda, o maior risco de explosões e incêndios.
Apesar das reduções consideráveis nas emissões de material particulado e óxidos de nitrogênio, o GNL tem aspectos controversos relacionados à segurança e custo para implantação de uma infra-estrutura de reabastecimento que colocam em xeque a praticidade e viabilidade como alternativa para substituir tanto o óleo diesel convencional quanto alguns combustíveis alternativos mais tradicionais.
Em caso de vazamentos, ou da liberação automática de algumas quantidades do combustível por meio de válvulas de segurança para alívio de pressão interna, o gás se expande (regaseifica) muito rapidamente em função da temperatura ambiente mais elevada e pressão atmosférica mais baixa, e durante esse processo "empurra" o oxigênio para fora de locais fechados, tanto numa garagem quanto na própria cabine do veículo, o que pode levar à morte por asfixia, e assim, requerendo protocolos de segurança muito mais rígidos que num veículo movido somente por óleo diesel, biodiesel, óleos vegetais ou etanol. Também acaba requerendo cuidados adicionais na passagem por túneis e um maior perímetro de isolamento em caso de emergências. Não pode ser desconsiderado, ainda, o maior risco de explosões e incêndios.
Apesar das reduções consideráveis nas emissões de material particulado e óxidos de nitrogênio, o GNL tem aspectos controversos relacionados à segurança e custo para implantação de uma infra-estrutura de reabastecimento que colocam em xeque a praticidade e viabilidade como alternativa para substituir tanto o óleo diesel convencional quanto alguns combustíveis alternativos mais tradicionais.