Um lugar para os malucos por motores do ciclo Diesel compartilharem experiências. A favor da liberação do Diesel em veículos leves no mercado brasileiro, e de uma oferta mais ampla de biocombustíveis no varejo.
sexta-feira, 29 de dezembro de 2023
Breve observação sobre a aplicação do sistema MHEV em versões turbodiesel do Land Rover Range Rover Sport
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Volkswagen Jetta/Vento TDI potencialmente afetado pelo escândalo do Dieselgate desovado no Paraguai?
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
Gás natural veicular sendo transportado de caminhão: situação que ainda evidencia a necessidade por um combustível com manejo mais simples
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
Curiosidade histórica: trator Ferguson 30 a gasolina
Embora um interesse pela ignição por faísca em segmentos onde o Diesel ainda tem uma maior aceitação tenha sido reacendido junto a novos desenvolvimentos voltados ao uso do biometano, que pode ser útil para setores como o agrícola como mais uma alternativa ao óleo diesel convencional e ao biodiesel, na época que tratores como o Little Grey Fergie recorriam a esse expediente ainda era uma prática recorrente entre fazendeiros na Inglaterra usar um óleo combustível que era comercializado lá sob a denominação TVO (tractor vaporizing oil), e na falta deste o querosene, lembrando que em Portugal o TVO é denominado Tratol e ainda é usado. Já no Brasil, muito por influência dos Estados Unidos, no máximo experiências isoladas com o querosene acabavam tendo espaço, e até o álcool/etanol tinha pouco sucesso em tentativas de manter uma viabilidade para a ignição por faísca em tratores. Mas ainda chama a atenção que, após experiências de conversão de tratores Ferguson dessa série para Diesel e o desenvolvimento de versões com tal opção de fábrica na Inglaterra, tanto com motores Perkins quanto Standard, de vez em quando apareçam exemplares bem preservados até no Brasil, como esse que foi exposto na Expointer de 2023.
terça-feira, 5 de dezembro de 2023
5 motores que seriam tentadores para adaptar a um Nissan Patrol Y62
sexta-feira, 1 de dezembro de 2023
Seria o Gurgel Xavante um retrato fiel da estupidez de se proibir o uso de motores Diesel com base nas capacidades de carga e passageiros ou tração?
Até por ter sido usado pelos militares, faria sentido que se usasse algum motor Diesel mesmo contando com tração somente traseira, tal qual a padronização de um combustível comum para frotas militares de países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) promove uma simplificação da logística de suprimentos em zonas conflagradas para atender a viaturas das mais diferentes categorias e também aos mais diversos equipamentos especializados tanto numa base operacional militar quanto em campo de batalha. Ter sido bastante apreciado também para trabalhos em zonas rurais, fato que motivou a Gurgel a buscar um enfrentamento direto com o Jeep CJ-5 até o ponto que a Ford considerou inviável manter em produção os modelos provenientes do espólio da Willys-Overland do Brasil, tendo em vista a evidente diferença entre as escalas de produção praticamente artesanal da Gurgel que ainda se valia de componentes off-the-shelf compartilhados com modelos da Volkswagen que eram vendidos em grandes quantidades, contrastando com o viés mais especializado da linha Jeep requerendo alguns componentes mais específicos com um destaque até óbvio para a caixa de transferência. Podia até parecer que a Ford estava chorando de barriga cheia, e deveria providenciar um motor Diesel para nivelar uma disputa com a linha Toyota Bandeirante que de '83 a '90 acabaria sendo a principal referência de veículos com tração 4X4 no Brasil entre o encerramento da produção do Jeep Ford e a reabertura das importações, embora o erro de proibir o uso de motores Diesel em veículos de tração simples com capacidade de carga abaixo de uma tonelada e acomodação para menos de 9 passageiros sem contar o motorista seja evidente.
O entusiasmo dos militares durante a implementação do ProÁlcool nunca foi compartilhado por João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, embora alguns exemplares tenham saído de fábrica somente sob encomenda usando motor a álcool/etanol, e uma relativa facilidade para converter motores Volkswagen boxer refrigerados a ar para operar normalmente com gasolina ou até usar o combustível "errado" antes que se começasse a falar de motor flex poderia até minimizar os inconvenientes de um combustível que por muito tempo era irrelevante fora do Brasil. Mesmo sendo incomparavelmente mais fácil manusear o etanol e a gasolina que o gás natural por exemplo, o fato de ainda serem mais voláteis em comparação ao óleo diesel os torna mais críticos tanto no tocante ao risco de incêndio quanto a eventuais perdas por evaporação ao usar galões tipo Jerry-can para transportar combustível adicional, portanto fica evidente outra vantagem operacional de motores Diesel em condições ambientais severas tanto em regiões rurais quanto numa zona de guerra. Enfim, mesmo que para alguns operadores ainda ficasse mais convidativo um utilitário maior e mais pesado desde que tivesse a tração 4X4, o Gurgel Xavante é um retrato fiel da estupidez que é proibir o uso de motores Diesel com base nas capacidades de carga ou passageiros e no sistema de tração de um veículo.