sábado, 10 de novembro de 2012

Esclarecendo alguns boatos sobre o SCR

Devido à introdução recente no mercado brasileiro, o sistema SCR ainda está sujeito à difusão de alguns mitos que possam levar a um uso incorreto, com o risco de eventuais danos ao veículo.
  • Substituir, total ou parcialmente, a solução aquosa (ARLA-32/AdBlue/DEF/Flua) de uréia industrial por urina: devido à concentração de uréia 6,5 vezes mais baixa (5% contra 32,5%), a urina não atende ao padrão de redução das emissões de óxidos de nitrogênio, levando o módulo de gerenciamento a limitar potência e torque do motor. Também apresenta ácido úrico e vestígios de cloreto de sódio (sal de cozinha), que intensificam o processo de corrosão de componentes do sistema de aspersão e da tubulação de escapamento;
  • Uréia agrícola diluída in loco: ao contrário da uréia industrial, que apresenta um grau de pureza mais elevado, a uréia agrícola normalmente encontra-se associada a formaldeídos (formol) e acetato de polivinila (PVA, base da popular "cola branca"). Para manter a concentração nos 32,5% requeridos pelo SCR, a solução ficaria com uma viscosidade muito elevada, prejudicando o bombeamento, além do risco de provocar entupimentos. Pode comprometer até mesmo o funcionamento do filtro de material particulado (DPF);
  •  Misturar a solução de uréia diretamente ao óleo diesel: ao contrário do EGR, com o SCR não ocorre uma interferência direta no processo de combustão. Portanto, a solução não deve ser misturada ao óleo diesel, sendo acondicionada no reservatório específico presente no veículo.
Para garantir o funcionamento adequado de veículos equipados com o sistema SCR, é imprescindível o uso da solução aquosa à base de uréia industrial, disponível com os nomes comerciais de ARLA-32 (Agente Redutor Líquido Automotivo com 32,5% de uréia), AdBlue (nomenclatura mais comum nos países europeus, e marca registrada da Mercedes-Benz), DEF (Diesel Exhaust Fluid, mais usado por empresas de origem americana como a Cummins Filtration e a Ford/Motorcraft) e Flua (marca usada pela Petrobras).

Um comentário:

  1. na transportadora que eu trabalho ja teve colega mijando em garrafa de refri e depois botando o mijo no caminhão

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html