Ainda assim, há um clamor por parte do público-alvo das pick-ups que de acordo com a obsoleta legislação brasileira só pode ser atendido por modelos de porte mais avantajado, como a já citada S10, motivado por restrições ao uso de motores Diesel em função da capacidade de carga, tração ou quantidade de passageiros.
De acordo com uma antiga portaria expedida em 1993 pelo extinto Departamento Nacional de Combustíveis, que foi substituído pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), só estão aptos a usar óleo diesel veículos com capacidade de carga igual ou superior a uma tonelada, com exceção para veículos que carreguem 9 passageiros além do motorista ou tenham tração 4X4 com reduzida. Essa é a razão pela qual modelos como a Mitsubishi L300 (com acomodações para 10 ou 11 passageiros além do motorista, dependendo da versão) e o Jeep Wrangler (capacidade de carga de meia tonelada, dotado de tração 4X4 com reduzida) podem contar com motor Diesel legalmente.
Hoje há muitas pick-ups modernas, como a Ssangyong Actyon Sports, que oferecem um nível de conforto e segurança comparável a automóveis considerados "de luxo" no mercado brasileiro, como o Ford Fusion, e com a vantagem do uso de motores Diesel podem facilmente obter um consumo de combustível mais contido apesar do porte mais avantajado e do maior arrasto aerodinâmico...
A maior simplicidade na manutenção de motores Diesel, característica particularmente evidente em alguns modelos mais antigos como a boa e velha Chevrolet D20, também é um argumento favorável, ainda que caminhonetes modernas como a atual geração da RAM 2500 venham incorporando dispositivos complexos como EGR, SCR e filtro de material particulado (DPF) sob o pretexto de "preservação ambiental", medida cuja eficácia pode ser contestada ao considerar o saldo energético operacional e intensificação de extrações minerais...
Lembrando que, apesar de serem pesos-pesados, graças ao Diesel o consumo de uma RAM 2500 equipada com o motor Cummins ISB6.7 fica próximo ao de um Jaguar X-Type com um V6 de 2.5L movido a gasolina.
Não custa recordar que para o mercado europeu o "Baby Jag" chegou a contar com opções de motor Diesel, que o tornavam mais "ecológico" que alguns híbridos como
De qualquer maneira, enquanto o governo brasileiro mantiver restrições arbitrárias que impeçam ao cidadão dispor de um carro compacto, como por exemplo um Fiat Punto, equipado com um pequeno e eficiente motor Diesel, a resposta pode vir numa Toyota Hilux com um motor que apesar do dobro da cilindrada ainda faz a atual geração dos "flex" passar vergonha no tocante à economia de combustível...
E O MAIS TRISTE DISSO TUDO É QUE O BRASIL FABRICA VEÍCULOS LEVES COM MOTOR À DIESEL, MAS OS BRASILEIROS NÃO PODEM COMPRAR.
ResponderExcluirCONTINUAMOS MANIPULADOS PELA NOSSA FALTA DE CONHECIMENTO. SÓ PODEMOS FAZER, COMO TANTOS OUTROS SETORES, ATÉ MESMO MENOS MERITÓRIOS, ELEGERMOS ALGUÉM QUE REPRESENTE ESTA BANDEIRA, OU ACIONAR NOSSOS POLÍTICOS ELEITOS PARA QUE APRESENTEM UMA LEGISLAÇÃO QUE NOS PERMITA ADQUIRIR, NO MERCADO BRASILEIRO, UM PRODUTO NACIONAL RECONHECIDAMENTE SUPERIOR ÀQUELES QUE NOS SÃO IMPINGIDOS.