No entanto, o uso do combustível alternativo ainda é mais difundido em motores de ignição por faísca, como o CHT que equipou modelos da Ford, como a Pampa, e até alguns Volkswagen durante a AutoLatina.
Não há de se ignorar que a maior popularidade da injeção indireta em motores Diesel leves, como o OM616 usado no 240D, mostrava-se menos favorável à maior volatilidade do etanol. No entanto, em motores mais pesados que já incorporavam a injeção direta, como o MWM D-229-6, já se podia comprovar que o combustível alternativo podia funcionar a contento com a ignição por compressão. Chegou a constar como opcional para os caminhões Ford Série F, com duas bombas injetoras, uma para o óleo diesel e outra para o etanol.
Já hoje, com a prevalência da injeção direta em todos os segmentos mundo agora, pouco importando se num Hyundai Acccent CRDi ou num caminhão, o uso do etanol fica ainda mais convidativo. Mostra-se como uma opção mais fácil para cumprir normas ambientais mais rígidas, zerando as emissões de material particulado, dispensando por exemplo o controverso DPF, que tem sido fonte de incomodações para alguns usuários em função de problemas com a regeneração forçada quando o veículo é muito usado em condições de pouca carga e trajetos curtos, ou quando se usa combustíveis alternativos como biodiesel e óleo vegetal, e até contaminação do óleo lubrificante quando não há um bico injetor específico na carcaça do DPF.
O consumo de combustível ao rodar com etanol num motor de ignição por compressão é superior na ordem de 50%, o que parece pouco convidativo em trechos rodoviários de média e longa distância, mas a menor ocorrência de problemas com dispositivos de controle de emissões faz com que seja uma opção até bastante acertada para serviços urbanos em trechos mais curtos e com paradas constantes.
Essas tranqueiras de DPF, SCR e EGR só podem ser coisa do diabo mesmo, sempre dão um jeito de atrapalhar o serviço.
ResponderExcluirUma das poucas coisas boas do Brasil foi o álcool, apesar de ter sido mal gerenciado.
ResponderExcluirEntão, a solução pode ser mais fácil. Basta suprimir essas potrocas de EGR, SCR, DGR, e outras siglas, e abastecer os motores com uma mistura de Etanol anidro - sem adição de água - e Biodiesel de cana.
ResponderExcluirO inconveniente do etanol é o volume a ser consumido, maior que o de óleo diesel ou biodiesel. Mas ainda assim, considerando os resultados com o etanol sobretudo no tocante à redução das emissões de material particulado, mesmo que fosse feita uma injeção suplementar em separado do óleo diesel já seria uma boa alternativa.
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