sábado, 20 de julho de 2013

Furgões compactos: um retrato da incoerência nas restrições ao Diesel

Um segmento que viria a oferecer grande receptividade a uma liberação do Diesel para veículos leves, os furgões de pequeno porte como o Peugeot Partner servem para demonstrar a incoerência nas atuais definições jurídicas brasileiras acerca de quais veículos podem ou não ser considerados "utilitários". Penalizados por uma restrição quanto à capacidade de carga inferior a uma tonelada, indo mais especificamente de 625 a 800kg no Partner, veículos dessa categoria tem no entanto uma boa aceitação no mercado nacional em função da agilidade e do custo menor que o de um furgão de porte mais avantajado, levando a uma boa aceitação até em aplicações especiais como ambulâncias.
Vale ressaltar que, entre as mulas de teste do projeto BiodieselBrasil, chegou a ser usado um Peugeot Partner com o motor XUD9 de injeção indireta que já era capaz de proporcionar médias de consumo inferiores ao 1.8L de 8 válvulas a gasolina e o 1.6L de 16 válvulas que já teve uma versão apenas a gasolina mas hoje é oferecido numa versão bicombustível (flex) para o mercado brasileiro, ao passo que na Europa pode ser encontrado com um moderno 1.4L e-HDi dotado de injeção direta (eletrônica common-rail), turbo e start/stop, capaz de proporcionar médias de consumo de 25km/l com óleo diesel de baixo teor de enxofre no atual padrão europeu (S-10, com 10ppm de enxofre). Com a disponibilidade do combustível de mesma especificação no mercado brasileiro, já começa a cair por terra um dos argumentos usados para justificar sob um falso viés ecológico as absurdas restrições que hoje só a República das Bananas e o Uruguai vem impondo.

Há quem alegue que uma eventual flexibilização das normas de modo a permitir o Diesel em furgões compactos seria problemática em decorrência de uma maior procura por esse tipo de veículo para uso particular, ampliando o acesso ao "privilégio" atualmente reservado a modelos que normalmente apresentam maiores dimensões e um sistema de transmissão mais pesadão, incluindo modelos de alto luxo como o Mercedes-Benz Classe M, e vem à tona toda aquela crítica a um eventual impacto no custo do transporte rodoviário pesado em função de um aumento na demanda por óleo diesel, reforçada por uma conveniente ignorância acerca da adaptabilidade a combustíveis alternativos mais elevada que nos motores de ignição por faísca, desde o etanol até os mais variados óleos vegetais.

Mantendo em consideração os aspectos relacionados ao uso como veículo de trabalho, restringir o uso do Diesel em furgões compactos revela-se uma profunda incoerência, sobretudo após observar esse tipo de veículo executando os mesmos serviços que uma pick-up de porte médio com motor Diesel...

Um comentário:

  1. É uma palhaçada essa proibição do uso de motores a diesel em caminhonetes pequenas, eu até vejo mais elas serem usadas para trabalho do que as grandes. Hilux mesmo eu só vejo playboy usando, e na carroceria nada mais do que umas vagabas anoréxicas.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html