Considerando o contexto brasileiro, com a proibição ao uso de motores Diesel em veículos com capacidade de carga inferior a uma tonelada (1000kg) e acomodação para menos de 9 passageiros além do motorista que não tenham tração 4X4 com "reduzida" (caixa de transferência de dupla velocidade), de certo modo não há tanto incentivo para que sejam incorporadas grandes modernidades nos motores destinados a aplicações náuticas profissionais leves, estacionárias/industriais e agrícolas, tidas equivocadamente como menos sensíveis a uma relação peso/potência desfavorável mas que poderiam ser beneficiadas pelo incremento na eficiência energética e por conseguinte reduzindo os custos operacionais e a demanda por combustíveis nesses segmentos.
Também é conveniente pensar no conforto dos operadores, que ficam expostos por longos períodos a uma fonte elevada de ruídos como são alguns motores marítimos comerciais de concepção antiga ainda disponíveis hoje no mercado brasileiro. Não é necessário se ater exclusivamente ao caso do motor de popa Oxe Diesel, visto que há muitos outros motores Diesel automotivos disponibilizados comercialmente em versões marinizadas, como o Isuzu 4EE2-TC antigamente usado em modelos da Opel rebatizados como Chevrolet e hoje oferecido pela Mercruiser para propulsão naval, uma infinidade de motores Fiat que vão do Multijet de 4 cilindros e 1.3L usado até em versões de exportação da Fiat Strada brasileira até o 2.4JTD de 5 cilindros oferecido no Fiat Marea europeu marinizados pela FNM italiana, e ainda diversos Volkswagen entre o 1.9SDI de aspiração natural e praticamente todos os TDI que chegaram a ser oferecidos pela antiga divisão marítima da Volkswagen, atualmente incorporada à Cummins Marine Diesel.
Após todo o empenho direcionado a tornar os motores Diesel automotivos uma opção atrativa para consumidores dos principais mercados mundiais, chega a soar incoerente que a mesma evolução não seja estendida tão amplamente a outros cenários operacionais, não apenas no tocante à eficiência e até diante do recrudescimento das legislações ambientais. Considerando especificamente o caso brasileiro, é evidente que as restrições ao uso do Diesel em automóveis baseadas em capacidades de carga, passageiros ou tração acaba por dificultar ainda mais a modernização da oferta de motores para aplicações como a marítima comercial.
Tinha que ter mais motores desse tipo para uso em barcos mesmo.
ResponderExcluirAquele motor Mercruiser parecido com o da Meriva argentina eu já cheguei a ver numa lanchinha a uns anos atrás.
ResponderExcluirAhora casi no hay más autos gasoleros nuevos en Argentina, llevandose en cuenta la penalidad impositiva que ahora los han encargado. La nueva generación del Cruze para Argentina ahora es solo naftera, una verguenza.
ResponderExcluirPois é. De uns tempos para cá eu vejo cada vez menos carros com motor Diesel emplacados na Argentina durante o verão.
ExcluirUma coisa que me chamou a atenção foi esse uso do aquecimento da cabine. Bastante incomum nos barcos que eu já vi.
ResponderExcluirNos barcos que eu vi, o aquecimento ficava a cargo só do ar condicionado nos camarotes mesmo.
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