Se antes quem queria economia de combustível e resiliência a condições operacionais severas que eram consideradas mais inerentes ao Diesel fazia um sacrifício aceitando o desempenho bem menos vigoroso que o de um similar a gasolina, a opção flex nas caminhonetes médias consolidada somente em motores com 4 cilindros fez o jogo virar, e em 2022 a Toyota eliminou essa opção tanto na Hilux quanto na SW4 no Brasil para oferecer só o motor 1GD-FTV turbodiesel. Deixando de lado eventuais questionamentos quanto ao impacto de dispositivos como o filtro de material particulado (DPF) sobre a adaptabilidade a teores mais altos de biodiesel misturado ao óleo diesel convencional ou mesmo puro nas gerações mais recentes de motores turbodiesel, em contraste com a aparente simplicidade de motores como o 2TR-FE que além de poder usar etanol na configuração flex também pode funcionar com uma conversão ao gás natural, ou ao gás liquefeito de petróleo (GLP - "gás de cozinha") em países onde é permitido, ainda parece mais fácil uma insatisfação quanto ao consumo de gasolina ou etanol ter maior influência que a percepção de desempenho menos satisfatório. Como a ascensão de pick-ups e SUVs médios também esteve muito atrelada à força do setor agropecuário na economia brasileira, é o caso de considerar mais provável uma parte conservadora do público eventualmente até tolerar motores Diesel de concepção um tanto austera, embora tratando especificamente da Toyota o antigo predomínio da injeção indireta ainda usada no motor 5L-E pudesse ser um empecilho para enquadrar às normas de emissões mais recentes.
Uma observância menos estrita das normas de emissões que viabilizasse uma oferta do motor 5L-E nas gerações mais recentes de caminhonetes médias da Toyota no Brasil seria pouco provável de acontecer, e certamente serviria tanto para ressaltar diferenças entre os diferentes perfis de um público mais heterogêneo do que pode inicialmente parecer quanto facilitar diferentes abordagens no tocante a combustíveis alternativos. Enquanto a desistência dos principais players em oferecer motores flex nas caminhonetes médias no Brasil vai além da Toyota, com motivações do ceticismo quanto ao etanol até a percepção favorável aos motores Diesel pela maior parte dos operadores profissionais, talvez parecesse tentadora a possibilidade de usar óleos vegetais brutos como combustível especialmente junto ao setor agropecuário para favorecer a autonomia energética de produtores rurais que pudesse levar à diminuição no custo de alguns gêneros alimentícios. Enfim, ainda que a maior presença de SUVs e pick-ups médios junto ao público urbano leve a crer que a evolução técnica dos motores turbodiesel ao longo das duas últimas décadas seja um fator indissociável, e o encerramento das opções flex no Brasil reforce uma impressão desfavorável a um desempenho mais austero, por incrível que pareça ainda pode ser compreensível uma parte do público se dar por satisfeita com um motor Diesel mais despretensioso.
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html