Trazido ao Brasil de forma oficial somente em versão para transporte de passageiros, homologada como microônibus e portanto sendo ao menos oficialmente proibida a condução por detentores da carteira de habilitação categoria B, o furgão Mitsubishi L300 também teve versões de carga que ainda chegaram a ser vendidas em países como o Chile. Durante a década de '90, quando os motores Diesel de aspiração natural e injeção indireta ainda eram bem aceitos por usuários com um perfil estritamente comercial, foi bem recebido no Brasil especialmente em função da reabertura das importações e de uma percepção de prestígio que normalmente se associava aos veículos importados, que talvez tenha inibido a chegada das versões de carga ao país porque a cultura automotiva brasileira era mais favorável a pick-ups para esse perfil de uso, ao contrário de países como o próprio Chile ou também a Argentina onde o uso recreativo de furgões são também um ótimo pretexto para a cultura do camping ter sido bem mais consolidada por lá. A configuração de motor dianteiro-central sob os assentos dianteiros e tração traseira, com distância entre-eixos curta, a bem da verdade ainda seria bastante conveniente para o uso urbano, considerando a capacidade volumétrica comparável a furgões modernos com motor dianteiro mais compridos e largos que são considerados principalmente mais seguros.
Além do recrudescimento de normas de emissões, que ao menos teoricamente seria fácil de conciliar ao uso de algum motor mais moderno que o antigo 4D56, e eventualmente pela própria concepção de uma época de motores mais austeros com desempenho mais moderno seria viável usar uma calibração mais compatível com sistemas como o P-SCR que dispensa o fluido-padrão AdBlue/ARLA-32/ARNOx-32, a questão da segurança eventualmente fosse um empecilho a considerar para a continuidade de modelos semelhantes. Eventualmente alguns dispositivos eletrônicos como freios ABS e até mesmo controles de tração e estabilidade não fossem tão problemáticos para conciliar com a eletrônica embarcada cada vez mais presente nos veículos mais austeros, e novamente seria o caso de lembrar como normas referentes a utilitários poderiam servir para dispensar a exigência de airbags no Brasil onde são obrigatórios desde 2014. E mesmo lembrando que a capacidade de carga nominal já superasse uma tonelada nas versões de carga, que teria até viabilizado trazê-las para o Brasil, a compatibilidade do Mitsubishi L300 para tração 4X4 que chegou a ser oferecida regularmente em alguns países também teria vindo a calhar, e portanto é um modelo que embora tenha chegado ao mercado nacional explorando somente uma das situações que viabiliza a homologação como utilitário podia se enquadrar simultaneamente em ao menos duas de acordo com cada configuração entre passageiros e carga se considerarmos também a compatibilidade dos sistemas de tração, e eventualmente até uma versão de uso misto com menos de 10 assentos e capacidade de carga nominal inferior a uma tonelada que recorresse somente à tração 4X4 para ser homologada como utilitário já ficaria mais conveniente que muitos SUVs modernos recorrendo ao mesmo expediente...
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html