quinta-feira, 26 de julho de 2018

Mais uma do YouTube: motor de popa Neander/Yanmar DTorque 111

O mercado náutico foi um dos primeiros a se beneficiar da evolução proporcionada pelo Diesel, ainda na época em que se vislumbrava substituir o vapor como principal método de propulsão pesada. Hoje a tecnologia atingiu estágios evolutivos muito elevados, mas em embarcações leves ainda é incomum o uso de motores Diesel de alto desempenho. Salvo motores pesados e de baixa potência específica que costumam ser montados em posição centro-rabeta e tem uma maior participação de mercado em aplicações utilitárias como pequenos barcos de pesca e de transporte comercial, há de fato uma oferta bastante limitada para quem procura por opções com desempenho mais vigoroso e principalmente por motores de popa nos quais a exigência por baixo peso sempre tendeu a favorecer a ignição por faísca. No entanto, isso não é impedimento para que o Diesel conquiste e mantenha seu espaço também no segmento náutico de lazer e outras aplicações especiais que requeiram uma maior velocidade como "ambulanchas" e pequenas embarcações de uso militar. No vídeo abaixo, da empresa alemã Neander, é mostrada uma série de projeções gráficas do sistema de 2 virabrequins contra-rotativos e duas bielas por pistão aplicado ao motor de 50hp com 2 cilindros e 800cc inicialmente projetado para uso em motos mas que acabou por encontrar justamente no mercado náutico em parceria com a Yanmar que o comercializa como DTorque 111 numa referência ao torque de 111Nm a 2500 RPM.
O foco do vídeo é apresentar o motor como sendo mais leve e, principalmente, mais suave que outros motores Diesel com uma concepção mais tradicional que tem nos índices de ruído, vibrações e aspereza (NVH - Noise, Vibration, Harshness) a maior deficiência. Alega que o motor oferece a suavidade de 6 cilindros com o torque de 4 cilindros no volume compacto de 2 cilindros. Além disso, a proposta de usar duas bielas por pistão unindo-os ao par de virabrequins contra-rotativos também é apontada como uma melhoria na eficiência geral ao reduzir atrito e ruídos por manter os pistões mais corretamente centralizados durante os cursos ascendentes e descendentes.

6 comentários:

  1. I see another marketing opportunity for that engine in the form of a "crate" meant for swaps to cars, like Cummins is doing with the ISF2.8 for USA and Canada. That would be great to drop on my Opel Corsa B as a replacement to the tired Isuzu 1.5D

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  2. Mas não tem como fazer parecido nos motores de carro? Até para provar que não precisa proibir motor a diesel, já que pode gastar menos combustível e não poluir tanto. Só é claro que teriam que fazer uns maiores para usar em carros grandes, ou até em navios.

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    1. Duro seria vencer a resistência de fabricantes tradicionais às tecnologias desenvolvidas pelos outsiders. Apesar de que entre os motores Diesel a resistência contra o outsourcing costuma ser menos intensa.
      http://dzulnutz.blogspot.com/2017/01/reflexao-ate-que-ponto-aversao-de.html

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  3. Será que esse motor ficaria bom num Onix?

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  4. Genial ese motor, y no se veria malo para adaptar a un bantam pequeño, pero me encantaria más si hubiera una versión con inyección mecánica para adaptar a autos más vetustos.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html