sexta-feira, 28 de maio de 2021

Ford Bronco Sport: praticamente impossível justificar a ausência de ao menos uma opção turbodiesel

Recém lançado no Brasil, o Ford Bronco Sport chegou custando mais de R$250.000,00 com o motor 2.0 Ecoboost movido somente a gasolina sempre associado à tração 4X4 e a um câmbio automático de 8 marchas. Mesmo sem dispor de uma "reduzida" propriamente dita, que a princípio seria exigida para fins de homologação como jipe e credenciamento a um eventual uso de motor turbodiesel, vale lembrar que o escalonamento das marchas do câmbio automático já se enquadra naquela mesma equivalência da 1ª marcha a uma "reduzida", bem como o controle de tração ajustável G.O.A.T. (Goes Over Any Tipe of Terrain) com 5 ou 7 diferentes modos de acordo com a versão selecionáveis manualmente soa como um bom argumento em defesa de uma eventual garantia do direito de se recorrer a uma motorização mais eficiente e adequada à proposta utilitária. O fato de tanto o motor 2.0 com 4 cilindros usado no Brasil quanto o 1.5 de 3 cilindros também Ecoboost (mas baseado no mesmo motor Dragon que chegou a ser produzido em Camaçari numa versão flex e naturalmente aspirada) incorporarem a sofisticação não só do turbo mas também da injeção direta também é algo a se considerar no tocante ao custo inicial e das certificações de emissões, tendo em vista que em outros países onde já se aplicam normas mais rígidas é necessário o filtro de material particulado tal qual se exige de motores Diesel no Brasil.
Com a proposta da Ford de concentrar esforços em segmentos mais lucrativos como o dos SUVs, para os quais a preferência do público permanece mais favorável aos motores turbodiesel mesmo na Europa que tem sofrido tanto com a insensatez no âmbito regulatório, não seria de todo má idéia disponibilizar os motores EcoBlue tendo em vista a compatibilidade com algum câmbio automático Ford 8F como o já aplicado ao Bronco Sport. A plataforma C2 aplicada a esse modelo também é compatível com as gerações mais recentes de sistemas de controle de emissões, inclusive o SCR que necessita do tanque para o fluido-padrão AdBlue/ARLA-32/ARNOx-32/DEF já massificado mesmo em automóveis leves na Europa e nos Estados Unidos quando equipados com motores turbodiesel. Não seria de se descartar a importância que um motor turbodiesel poderia ter para ampliar a presença do Ford Bronco Sport em mercados de exportação, somando-se o fato do México onde é produzido ser um país bioceânico ainda facilitar a logística para atender tanto regiões banhadas pelo Oceano Atlântico como Mercosul e União Européia quanto pelo Oceano Pacífico a exemplo de Austrália e Nova Zelândia, e portanto chega a ser incompreensível a Ford ignorar essa possibilidade em um modelo destinado ao segmento onde passou a depositar todas as fichas em busca de uma retomada da lucratividade.

Um comentário:

  1. Pelo menos uma versão a diesel seria desejável mesmo, e no caso da Austrália é até melhor para andar por aqueles desertos.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html