quinta-feira, 10 de junho de 2021

Mercedes-Benz GLB: difícil explicar a ausência de ao menos uma versão Diesel no Brasil

Um daqueles modelos que poderiam ser beneficiados pela oferta de um motor Diesel no Brasil, mas que inexplicavelmente não contam com essa opção, o Mercedes-Benz GLB importado do México apenas na versão GLB 200 a gasolina certamente é um dos mais difíceis para justificar a ausência dessa opção, até em função do posicionamento mais prestigioso da marca já dar a entender que um incremento no preço inicial seja mais facilmente assimilável pelo público-alvo. E a bem da verdade, considerando também a quantidade diferente de marchas para os câmbios automatizados de dupla embreagem que equipam toda a linha Mercedes-Benz GLB, com 7 marchas para os 180 e 200 a gasolina com tração simples dianteira e 8 a partir do 200 com o sistema 4MATIC de tração nas 4 rodas entre as versões a gasolina e para todas as versões Diesel sem distinção entre configurações de tração, a diferença de preço aplicada a diferentes motorizações considerando os pacotes de equipamentos e acabamento básicos não chegando a 1% entre o 200 a gasolina e o 200 d com tração simples e não superando 7% caso a comparação seja com o 200 d 4MATIC tomando por referência os valores praticados na Espanha, soa ainda mais fácil amortizar essa diferença nos pacotes mais caros. Diga-se de passagem, o incremento no custo em percentuais entre as diferentes motorizações torna-se menos significativo quando associadas às versões mais caras.

Já considerando que o câmbio de 8 marchas tem a relação da 1ª marcha mais curta (crawler), podendo ser enquadrada naquela mesma equivalência que dispensa o uso de uma caixa de transferência de dupla velocidade (a popular "reduzida") para a homologação como jipe que credenciaria o modelo para dispor da possibilidade de oferecer um motor Diesel no mercado brasileiro mesmo com a capacidade de carga abaixo de uma tonelada e acomodações para menos de 9 passageiros além do motorista, a princípio não haveria nenhum empecilho de ordem técnica. E mesmo que alguns insistam que tração 4X4 nessa atual geração de SUVs voltada a um público essencialmente urbano seja desperdício, e no fim das contas não seja possível negar que a obrigatoriedade desse recurso para homologação como jipe acabe diminuindo a vantagem que teria no tocante à redução no consumo de combustível, tomando como referência outra vez a homologação aplicável à Espanha pelos ciclos de consumo testados na União Européia ainda tem uma vantagem superior a 20% no chamado "ciclo misto" entre cidade e estrada. Enfim, por mais que os custos sejam tão críticos quanto um controle mais rigoroso da qualidade do combustível ao longo de um país com dimensões continentais como o Brasil, continua sendo difícil justificar a ausência de ao menos uma opção Diesel para o Mercedes-Benz GLB no mercado nacional.

Um comentário:

  1. Não dá mesmo para entender a falta de pelo menos uma motorização a diesel no Brasil. Aquele modelo GLE agora eu só vejo a diesel.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html