quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

5 motivos para ser eventualmente tentadora a idéia de adaptar um motor Perkins 1103 numa Amarok

Primeira pick-up média de concepção tradicional da Volkswagen, a Amarok tem desde fãs fervorosos até críticos veementes, e um ponto bastante polêmico é o mesmo motor EA189 de 2.0L e 4 cilindros da linha de veículos leves ter sido usado com um fator de carga significativamente mais elevado. Embora seja usado com sucesso em furgões no exterior em aplicações efetivamente comerciais, inicialmente foi alvo de desconfiança por parte de consumidores com perfil mais tradicional na categoria das pick-ups. A princípio adaptações de outros motores também poderiam ser consideradas por alguns proprietários do modelo, embora possam também sofrer uma rejeição por motivos que vão desde considerações sobre o desempenho até uma eventual preferência pela manutenção das especificações originais, e dentre os motores mais improváveis de aparecer adaptado numa Amarok vale destacar o Perkins 1103 de 3 cilindros e 3.3L salientando ao menos 5 motivos para ser eventualmente tentadora essa instalação:

1 - eliminar a correia dentada: um dos pontos que mais causaram insatisfação inicialmente, a correia dentada costuma requerer um pouco mais de atenção comparada ao uso de corrente de comando, ou de um acionamento do comando de válvulas só por engrenagens como no caso dos motores Perkins da série 1100 de um modo geral;

2 - possível compatibilidade com sistemas de diagnóstico eletrônico OBD-2: como algumas versões do motor Perkins 1103 mesmo recorrendo à injeção mecânica podem ser especificadas com governador eletrônico, e algumas ferramentas de diagnóstico eletrônico de falhas específicas para a Perkins contam com um plug adaptador para o padrão OBD-2, já é possível atender a uma exigência implementada com as normas Euro-5 no Brasil em 2012, e portanto até um motor absolutamente austero e a princípio mais provável de ser encontrado em maquinário agrícola já seria eventualmente adaptável numa Amarok sem prejuízos à observância de algumas peculiaridades técnico-burocráticas;

3 - modularidade de sistemas de pós-tratamento de gases: uma adaptabilidade de diferentes sistemas de controle de emissões, como o filtro de material particulado (DPF) e a opção entre EGR ou SCR para a redução dos óxidos de nitrogênio (NOx) de acordo com as exigências de diferentes mercados pode ser útil para quem considere demasiado arriscado usar um motor incompatível com as normas em vigor no Brasil, mas sem abrir mão da rusticidade inerente à série 1100;

4 - receptividade ao outsourcing de motores: antes praticamente uma regra entre as pick-ups médias de fabricantes sediados fora do Japão, embora no Brasil até a Nissan tenha recorrido a esse expediente a princípio para cumprir índices de nacionalização de componentes, o outsourcing de motores no caso das versões turbodiesel ainda encontra receptividade junto a uma parcela do público mais interessada pelas características essencialmente utilitárias dessa categoria de veículos. Portanto, embora essa opção esteja indisponível para versões normais de linha da Amarok, pode tornar ainda mais tentadora uma eventual adaptação;

5 - tradição da Perkins: embora tenha se retirado do mercado de motores veiculares, tanto em modelos mais leves quanto pesados, a importância histórica da Perkins é inegável até mesmo no Brasil onde uma cultura dieselhead menos centrada na austeridade teve um desenvolvimento relativamente tardio. Vale até lembrar que a própria Volkswagen chegou a usar motores Perkins em alguns modelos de caminhões leves tanto no Brasil quanto na Europa.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html