2 - Parati "bola": a 2ª geração da station-wagon derivada do Gol oportunizou à Volkswagen oferecer até uma opção de apelo mais familiar dentro do segmento dos "populares" quando o motor Hi-Tork 1.0 de 16 válvulas a gasolina foi apresentado a partir do final de '96, e a chegada da carroceria com 4 portas em '98 foi outro fator que ressaltou esse viés do modelo. O motor 1.0 pegou má fama por causa da borra de óleo causada pelo uso de lubrificantes fora do especificado pelo fabricante, embora o motor EA827 "AP" nas versões 1.6 e 1.8 ainda seja mais fácil de ser visto em exemplares remanescentes enquanto o 2.0 praticamente sumiu do mapa, e a bem da verdade motores Volkswagen Diesel ainda valorizados para fazer adaptações como o 1.6 de injeção indireta e o 1.9 SDI já com injeção direta que chegaram a ser oferecidos na Parati em países como a Argentina e o Uruguai certamente permaneceriam agradando a usuários com os mais variados perfis;
3 - Santana "Robocop"/Ford Versailles: modelo compartilhado entre Ford e Volkswagen no contexto da joint-venture AutoLatina no Brasil e na Argentina, tendo a primazia de ser o primeiro automóvel de produção em série brasileiro a contar com freios ABS como opcional a partir de '91, oferecia a proposta de luxo com um certo conservadorismo em meio à ascensão de concorrentes importados. Ainda que um motor Diesel como o 1.6 de injeção indireta da Volkswagen certamente parecesse patético aos olhos de uma parte do público generalista, o fato de ser originário de um projeto modular e compartilhar muitos elementos com o AP 1.8 nas versões a gasolina ou álcool teria favorecido a implementação desse motor, e certamente agradaria tanto a uma parte expressiva daquele público "tiozão" que mantinha o fanatismo por carros de duas portas no Brasil quanto por taxistas. E a bem da verdade, por mais que ficasse com um desempenho bastante modesto, na prática andaria ao mesmo passo de alguns sedãs Mercedes-Benz que vinham através de frotas diplomáticas com motores como o OM615 em versões 2.0 e 2.2 com 55cv e eram revendidos com ágio nas décadas de '70 e '80;
4 - Fiat Palio Adventure de 1ª geração: chegou em '99 com a proposta de comer pelas beiradas junto a uma ascensão dos SUVs, que já naquela época se firmavam como sonhos de consumo da classe média. A tração simples era mantida em nome da simplicidade, em contraste com o peso e a complexidade que eram apontadas como desvantagens dos sistemas de tração 4X4 em SUVs que acabavam circulando por trechos urbanos e rodoviários às vezes sem nem terem a tração suplementar efetivamente aproveitada. O motor 1.6 argentino a gasolina, ainda com 8 válvulas, foi o único usado no Brasil antes do ano 2000 e das remodelações da Palio Adventure, e certamente o torque melhor distribuído entre baixas e médias rotações favoreceu a escolha ao invés da versão de 16 válvulas do mesmo motor que também era usada na Fiat Palio Weekend. No exterior, o motor 1.7 TD70 chegou a ser oferecido, e a princípio como um dos motivos para a ascensão dos SUVs no Brasil foi o fato de modelos 4X4 terem sido autorizados a usar motores Diesel, certamente essa mesma opção se tivesse sido aplicada ao mercado local seria mais favorável, além do mais que posteriormente esse mesmo motor chegou a ser testado por volta de 2007 com o uso de óleos vegetais como combustível alternativo;
5 - Monza tubarão: foi oferecido no Brasil somente com motores 1.8 e 2.0 a gasolina, embora tenha sido um dos modelos usados para o projeto-piloto que culminaria na liberação do uso de gás natural em veículos particulares no Brasil a partir de '96. Para países vizinhos, onde também chegou a usar o nome Chevrolet Mega a exemplo do Uruguai, dispôs de interessantes opções de motores Diesel provenientes da Isuzu como o 4EC1 de 1.5L em versão turbo e o 4EE1 de 1.7L mantendo a aspiração natural. Vale lembrar que com essa remodelação apresentada em '91, o Chevrolet Monza durou apenas até '96 e foi descontinuado basicamente porque a General Motors do Brasil rejeitou a idéia de aplicar catalisador ao modelo nas versões a álcool e gasolina, enquanto para motores Diesel o recurso a esse dispositivo de controle de emissões tenha demorado mais a ser implementado.
Muito carro brasileiro desses ia para a Argentina com motor a diesel, enchia deles nas praias de Florianópolis antigamente. Às vezes parecia que todo carro da Argentina era a diesel.
ResponderExcluirE mesmo alguns modelos que foram vendidos lá só com motor a gasolina, ainda tinha a possibilidade de substituir o motor original por um Diesel, embora tal prática parecesse agradar mais aos uruguaios.
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