quarta-feira, 17 de maio de 2023

Seria um motor turbodiesel desejável para a Honda Ridgeline ter uma presença internacional mais ampla?

Modelo desenvolvido especificamente para atender à preferência nos Estados Unidos pelas pick-ups, a Honda Ridgeline tem na 2ª geração uma aparência de muito bom gosto a bem da verdade, embora sofra uma falta de competitividade nos mercados internacionais tanto pela simbólica capacidade de carga de 500kg quanto pela indisponibilidade de qualquer opção por um motor turbodiesel. Com a produção da 2ª geração iniciada em 2016 para o ano-modelo 2017, ainda equipada com um câmbio automático de 6 marchas que em 2020 foi substituído por aquele mesmo ZF de 9 marchas já usado em modelos da Jeep feitos no Brasil, a Ridgeline sempre usou somente motores J35 V6 de 3.5L movidos a gasolina, levando em consideração a especificidade de ser mais voltada aos mercados americano e canadense e o perfil de uso mais recreativo, com a 2ª geração incorporando a injeção direta mas descartando a possibilidade de explorar a maior facilidade na partida a frio ao usar o etanol que poderia ter sido benéfica para a Honda obter alguns créditos de emissões junto à EPA como os fabricantes americanos costumam fazer quando oferecem modelos flexfuel. Mas deixando de lado o curioso aspecto da capacidade de carga bem abaixo do que um usuário generalista moderno esperaria de uma pick-up média mundo afora, e que já exigiria uma recalibragem caso o modelo fosse mais internacionalizado, também é conveniente recordar que um motor turbodiesel poderia expandir consideravelmente as oportunidades para a Honda Ridgeline chegar a mais regiões além de uma tímida presença em mercados de exportação pela América Latina como é o caso do Uruguai, onde o modelo desafia aquela antiga lógica que sempre beneficiou as caminhonetes de motor Diesel e portanto fica evidente o perfil estritamente recreativo.

Dificilmente características como a suspensão independente nas 4 rodas e a disponibilidade apenas com cabine dupla fariam a Honda Ridgeline ser efetivamente levada a sério como um veículo de trabalho em regiões como a Ásia e a Europa ou mesmo a América Latina, embora o viés mais direcionado ao lazer já faça algum sentido diante da imagem mais "esportiva" da Honda comparada aos outros fabricantes de origem japonesa. O fato da Honda já ter equipado alguns SUVs com motores turbodiesel de fabricação própria abre um bom precedente, assim como o motor N16A4 de 1.6L ter desempenho comparável com o N22B de 2.2L e portanto conseguir um enquadramento em categorias menos severas de tributação na Europa ou na Tailândia por exemplo, lembrando que em segmentos mais austeros como os de vans já é bem aceito um downsizing aparentemente mais "ousado" ao tomarmos como referência a alta cilindrada do V6 a gasolina, bem como motores turbodiesel de cilindrada relativamente baixa já estarem marcando presença nas pick-ups médias mundo afora e desmistificando uma imagem de "inferioridade" que ainda tem quem associe a motores mais compactos sem levar em consideração todas as tecnologias agregadas às novas gerações de motores. Logo, em que pese parecer "desnecessário" a Honda deixar de confinar a Ridgeline à zona de conforto na América do Norte com alterações pontuais que pudessem ser aplicadas a hipotéticas versões que viessem a ser produzidas na Tailândia e na África do Sul visando atender aos principais mercados para pick-ups médias onde questões logísticas e acordos comerciais favoreceriam a pauta de exportações, chama a atenção como um produto interessante tem sido subaproveitado, e a bem da verdade um motor turbodiesel o tornaria ainda mais desejável...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html