quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Câmbio automático: único motivo para o motor V6 ainda ter seguido em catálogo para a Blazer até ao menos 2004?

Um daqueles modelos que marcaram a perda do status de top de linha dos motores V6 a gasolina e uma ascensão dos turbodiesel mesmo com 4 cilindros à posição de destaque, a Chevrolet Blazer foi alçada à condição de um ícone no Brasil por motivos que vão do conforto ao uso como viatura de polícia, tendo sido competitiva até diante de concorrentes importados ao longo de uma parte considerável do ciclo de produção brasileira. Lançada em '95 com motor 2.2 a gasolina de injeção monoponto e 4 cilindros, e em '96 tendo recebido a opção pelo 4.3 V6 também a gasolina e pelo Maxion 2.5 HS turbodiesel ainda com tração somente traseira, teve em '98 o motor 2.2 atualizado para injeção multiponto e a opção de tração 4X4 para os motores V6 e turbodiesel, e já no ano 2000 à medida que o motor V6 perdia protagonismo em função do preço e da percepção de um alto consumo de combustível a introdução do motor MWM Sprint 4.07 TCA de 2.8L em substituição ao Maxion chamava a atenção naquele momento. E em 2001 a reestilização conhecida como "pitbull" onde o motor a gasolina com 4 cilindros passou a 2.4 parecia ser a pá de cal para o V6 no Brasil, embora esse motor ter ficado disponível apenas com tração traseira e câmbio automático deu uma sobrevida a essa opção até 2004 na versão Executive, e apesar de ser um SUV raiz de concepção tradicional que poderia fazer supor que a tração 4X4 seja imprescindível tinha o perfil de uso mais como símbolo de status para o público urbano no caso da versão V6, enquanto para o público interiorano ou estritamente profissional como forças policiais o motor turbodiesel soava até um tanto óbvia como a melhor opção mesmo tendo sido oferecido somente com câmbio manual.

A bem da verdade, o câmbio automático já oferecia benefícios no tocante ao conforto e podia até ser mais adequado a determinadas condições operacionais mesmo em uso off-road severo, tendo em vista o acoplamento ao motor sem interrupções durante mudanças de marcha, embora os controles eletrônicos incorporados a câmbios automáticos modernos pudessem ser mais facilmente integrados aos motores a gasolina que já incorporavam a injeção eletrônica antes que o MWM Sprint 4.07 TCE passasse a usar a injeção common-rail para o ano-modelo 2006 e a vigência das normas de emissões Euro-3, e portanto a aparente simplicidade de especificar os câmbios manuais e diferenciais para o motor menor a gasolina e o turbodiesel levando em consideração apenas as distintas faixas de rotação prevalecia. O motor V6 ter sido o único importado a equipar a Blazer no Brasil também o desfavorecia, além do mais levando em consideração a ascensão dos motores flex para quem fazia questão da ignição por faísca, e assim o 2.4 que passou a incorporar tal opção em 2007 apresentava um desempenho até interessante com o etanol, e até para adeptos das conversões ao gás natural a maior presença de kits de conversão "pressão positiva" com injeção sequencial era capaz de proporcionar resultados satisfatórios, e a princípio um perfil mais conservador do público-alvo da Blazer à medida que o encerramento do ciclo de produção no Brasil ia se aproximando acabou culminando na eliminação da opção pelo motor turbodiesel e por extensão da tração 4X4 para os anos-modelo 2010 e 2011 que foram os últimos. Enfim, apesar do motor V6 ainda ter sido reconhecido como expoente de desempenho mesmo em meio à ascensão dos turbodiesel, talvez a exclusividade do câmbio automático tenha sido o que proporcionou uma sobrevida ao V6 no mercado brasileiro...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html