sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

5 motores improváveis que poderiam ser interessantes para adaptar a uma Ford Ranger de 2006 a 2011

O motor turbodiesel originalmente usado entre os anos-modelo 2006 a 2011 da Ford Ranger argentina é muitas vezes criticado en função do sistema de gerenciamento eletrônico, proveniente da Siemens e que tinha como principal inconveniente a escassez de assistência técnica independente capacitada a efetuar os serviços de manutenção, em contraste com sistemas de gerenciamento eletrônico da Bosch que ainda são os mais comuns. E apesar do motor International 3.0 NGD ser basicamente mais uma evolução do Maxion 2.5 HS que na prática já era um projeto antigo proveniente da Land Rover, e portanto até podia parecer mais improvável que um motor bastante conhecido chegasse a ser pouco apreciado. Para quem eventualmente preferisse adaptar outro motor, há opções com diferentes graus de dificuldade e que vão também proporcionar alguma diferença quanto ao desempenho para o bem ou para o mal, e ao menos 5 motores um tanto improváveis podem ser lembrados como possíveis de adaptar:

1 - Yanmar 4TNV88: a versão de 2.2L da linha de motores Yanmar TNV, muito usada em aplicações de velocidade constante como grupos geradores ou para acionamento de compressores de refrigeração, mas também disponível em versões de velocidade variável que atendem mais às condições operacionais de máquinas agrícolas e em propulsão de embarcações. Tem configurações com aspiração natural que a bem da verdade seriam insuficientes para uso normal, e outras com turbo original de fábrica que apesar das calibrações de potência um tanto modestas acabariam sendo um bom quebra-galho, embora também acabe sendo possível fazer outros ajustes tanto na bomba injetora quanto no dimensionamento do turbo, como alguns americanos já fizeram por conta própria devido à escassez de motores Diesel automotivos modernos por lá;

2 - Perkins 404: numa faixa de cilindrada próxima à do Yanmar 4TNV88, o Perkins 404 se diferencia entre outros aspectos por oferecer tanto versões de injeção indireta que seriam convidativas para fazer experiências com o uso direto de óleos vegetais como combustível alternativo quanto injeção direta do tipo common-rail gerenciada eletronicamente. É até possível usar plugs adaptadores que conferem aos motores com gerenciamento eletrônico compatibilidade a sistemas de diagnóstico eletrônico OBD-2 que se tornaram padrão em aplicações veiculares;

3 - FPT F1A/F1C: uma linha de motores bastante conhecida no Brasil por ter sido anteriormente usada tanto na linha de utilitários Fiat Ducato quanto nos congêneres Peugeot Boxer e Citroën Jumper quanto ainda servir à linha Iveco Daily. Apesar do gerenciamento eletrônico poder parecer assustador às vezes, é uma das opções mais versáteis, e tanto o F1A de 2.3L quanto o F1C cuja cilindrada de 3.0L é parelha à mesma faixa do motor original da Ranger são capazes de proporcionar bom desempenho;

4 - MWM 229-3T: direcionado principalmente a aplicações industriais e agrícolas, vale o precedente de versões muito antigas ainda de aspiração natural terem até encontrado aplicação veicular na época que a Agrale experimentou com motores de 3 cilindros em caminhões leves. A fama de indestrutível da série 229 da MWM também pode pesar a favor do uso em adaptações;

5 - Peugeot DW12: lembrando que a antiga PSA Peugeot-Citroën, atualmente parte da Stellantis, tinha projetos de motores turbodiesel compartilhados com a Ford, já é um precedente razoável. E mesmo que o motor DW12 já tenha chegado ao Brasil fortemente controlado no tocante a emissões, lançando mão de dispositivos como o filtro de material particulado (DPF) e o SCR que pareciam ficção científica na época que a Ranger começou a usar o motor International NGD, para quem preferir o enquadramento às normas aplicáveis na época de fabricação da caminhonete é fácil "retroceder" da Euro-6 para Euro-3 com reprogramações eletrônicas visando eliminar o DPF e o SCR.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html