terça-feira, 1 de outubro de 2024

Uma rápida observação sobre sistemas híbridos sendo apontados como "oposição" ao Diesel

Em meio à ascensão que os veículos híbridos tiveram a nível mundial, também em segmentos aos quais é permitido o uso de motores Diesel no Brasil como é o caso de alguns SUVs 4X4, a exemplo do que já ocorre mesmo em regiões historicamente mais receptivas ao Diesel em veículos leves antes de algumas regulamentações passarem a desfavorecê-los. Restrições absurdas que afetaram mais pesadamente aos motores Diesel que os a gasolina para acesso às regiões centrais de algumas grandes metrópoles como Madrid ou Roma, bem como a histeria da União Européia em promover a eletrificação mais impositiva que por uma eventual demanda do público consumidor, acabaram fomentando o surgimento de versões híbridas para modelos como o Jeep Compass, que mesmo com as versões tanto turbodiesel quanto flex movidas a gasolina e etanol sendo produzidas no Brasil também passou a ser importado da Itália o 4xe híbrido plug-in a partir de 2022, enquanto na produção italiana o uso de motores de combustão interna sem qualquer assistência motriz elétrica foi descontinuado para o ano-modelo 2024 com a ascensão dos híbridos, e tanto versões só a gasolina quanto turbodiesel deixaram de ser produzidas para a Europa. As politicagens falsamente ecológicas ou "sustentáveis", que em alguns casos praticamente relegam alguns veículos ainda em plenas condições operacionais ao descarte, ou na melhor das hipóteses à exportação a alguns países da África e da América Latina onde a importação de carros usados é permitida, ignoram a evolução tecnológica já alcançada no âmbito dos motores de combustão interna de modo geral, além do mais à medida que motores a gasolina ou flex mais modernos têm passado a ser equipados também com o filtro de material particulado, à medida que incorporam massivamente a injeção direta e o turbo, mais difundidos anteriormente em motores Diesel, pondo em xeque portanto suposições que o Diesel estaria muito mais inapto a uma integração com qualquer método de assistência motriz elétrica...

A bem da verdade os sistemas híbridos priorizarem a tração elétrica em condições de baixa velocidade e o desligamento do motor de combustão interna sempre que o veículo esteja parado em meio ao trânsito urbano pode ser um inconveniente com relação ao filtro de material particulado, que passaria a requerer uma maior frequência dos ciclos de autolimpeza/regeneração cujas melhores condições para ocorrer são em percursos a velocidade constante e mais habituais no tráfego rodoviário, tendo em vista também que o óleo diesel convencional e substitutivos renováveis como o biodiesel ou o HVO são mais difíceis para vaporizar rapidamente em comparação aos combustíveis voláteis como a gasolina e o etanol ou ainda o gás natural e o gás liquefeito de petróleo (GLP - "gás de cozinha"). Mas assim como há o Jeep Compass 4xe com o motor GSE de 1.3L dotado de turbo e injeção direta associado a um conjunto motor-gerador incorporando as funções do alternador e do motor-de-arranque das versões não-híbridas e também outro motor elétrico junto ao eixo traseiro, de modo que a tração nas 4 rodas funciona somente com o auxílio elétrico, outra abordagem mais modesta com um conjunto motor-gerador acoplado ao virabrequim do motor de combustão interna por correia na mesma posição que se instalaria um alternador convencional e operando a tensões menores também é oferecida para versões de tração somente dianteira na Europa. A possibilidade de dispensar o fluido-padrão AdBlue/ARLA-32/ARNOx-32/DEF usado para reduzir os óxidos de nitrogênio (NOx) pode parecer uma vantagem prática de híbridos em oposição às gerações mais recentes de motores turbodiesel, embora seja equivocado supor que as baterias e outros elementos inerentes aos sistemas híbridos sejam "à próva de burro" quanto à manutenção como alguns motores a gasolina de concepção mais modesta acabam sendo tratados desde quando os motores turbodiesel foram agregando sofisticação, mas apontar os híbridos como "oposição" ao Diesel às vezes é um tiro no pé...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html