Pode parecer muito mais simples considerar opções como o álcool/etanol cuja experiência de sucesso visando reduzir a demanda por gasolina no Brasil à época do regime militar acabou infelizmente sendo usada até como pretexto para desincentivar experiências no âmbito dos motores Diesel em aplicações leves, ou o gás natural e eventualmente até o gás liquefeito de petróleo (GLP - "gás de cozinha") muito usado em equipamentos especializados para operação em ambientes com pouca renovação de ar como instalações industriais. Naturalmente seria difícil competir com o motor do Fusca no tocante à leveza, e as próprias diferenças operacionais entre o ciclo Otto aplicado a motores de ignição por faísca e o ciclo Diesel acabariam por ser refletidas desde o uso de diferentes ligas metálicas na produção dos motores até eventuais reforços que viessem a ser necessários para suportar as pressões internas mais intensas em um motor Diesel, embora tenham sido feitas tentativas com os mais diversos graus de sucesso visando o atendimento a uma demanda tão específica. Considerações quanto à refrigeração também continuariam relevantes no intuito de manter um volume reduzido da instalação, com a configuração de refrigeração a ar originalmente usada no motor do Fusca e também em alguns motores Diesel com cilindrada abaixo de 1.6L e potência até aproximadamente 30cv que ainda caberiam no compartimento do motor no Fusca ou na Kombi tendo recorrido a tal expediente, embora o peso ainda fosse um problema mesmo diante de alguns aspectos visando uma simplificação construtiva como a configuração de 2 cilindros verticais muito usada nos motores de pequenos tratores e outros equipamentos especializados, lembrando que a posição horizontal do motor Volkswagen boxer do Fusca impõe um desafio maior para as substituições em função da pequena altura mesmo considerando a versão com a "capelinha" alta para o alternador e a ventoinha de refrigeração forçada que o Fusca e a Kombi usavam.
Haverá certamente quem repute contraproducente a busca por um motor rústico porém compacto e leve na medida do possível até uma faixa de 50cv que viesse a tomar como parâmetro básico aplicabilidade a veículos apontados como "defasados" a exemplo do Fusca e da Kombi, que no entanto permanecem muito comuns nas ruas e estradas brasileiras atendendo a usuários com os mais variados perfis, embora a própria utilização de motores Volkswagen também em aplicações tão variadas quanto embarcações e dispositivos estacionários/industriais denota haver certamente espaço para um motor Diesel direcionado especificamente a ser uma opção plug-and-play para substituir o venerável boxer em repotenciamentos, e outras aplicações que viessem em sequência também seriam obviamente beneficiadas. E caso ainda fosse tentada uma aplicação para repotenciamento até em alguns veículos mais modernos, para os quais levar em consideração toda a parafernália de controle de emissões como catalisadores e eventualmente o filtro de material particulado (DPF) além de gerenciamento eletrônico pudesse dar a impressão que o molho estaria ficando mais caro que o peixe, é natural que algumas características como o comando de válvulas no bloco e sincronizado diretamente por engrenagens tal qual no motor do Fusca acabariam sendo apreciadas tanto para resgatar a durabilidade e simplificar a manutenção de médio a longo prazo, como já ocorre em motores especificamente desenvolvidos para usos fora do segmento automotivo em faixas de potência e cilindrada próximas às que já foram atendidas pelo boxer da Volkswagen. Enfim, se a antiguidade parece tornar redundante o boxer como balizador para o desenvolvimento de um motor Diesel na faixa de 50cv, a variedade de aplicações alheias ao segmento veicular evidencia ser adequado.
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html