No distante ano de 1973, após uma coalizão árabe liderada pelo Egito atacar Israel em pleno Yom Kippur, e por conseguinte sofrer uma humilhante derrota perante as Forças de Defesa Israelenses então sob o comando do lendário general Moshe Dayan, eclodiu a primeira crise do petróleo. À época, a economia do mundo islâmico já era extremamente dependente da exportação do mineral, ao qual o Ocidente desenvolvido sequer buscava alternativas ou ao menos reduzir o consumo, em função da abundância e do então baixo preço serem um convite ao comodismo, abrindo as portas para uma ofensiva árabe no campo econômico. O mercado americano acostumado às “banheiras” passou a encarar o downsizing tanto nas carrocerias quanto nos motores dos automóveis, e receber com mais simpatia os modelos de origem japonesa, enquanto os europeus se apegavam ainda mais aos hatches e aos motores do ciclo Diesel.
Um dos efeitos imediatos no Brasil foi a tentativa de adaptar alguns veículos para funcionar com o arcaico gasogênio, que chegou a ser bastante popular durante a II Guerra Mundial em função do racionamento de gasolina, mas os prejuízos ao desempenho eram desanimadores. Veio então a despontar o etanol através do ProÁlcool, e a partir de 1976 mesmo que nenhum veículo ainda saísse de fábrica certificado para usá-lo começava a se estabelecer no mercado energético nacional. Ainda que motor e linhas de combustível demandassem uma maior proteção contra a corrosibilidade do etanol, os conjuntos de suspensão e freios não requeriam modificações visando manter desempenho, segurança e durabilidade, ao custo de uma menor autonomia comparando com um similar movido a gasolina. E em 1979 a Fiat apresentava os primeiros modelos movidos a etanol, com o 147 e derivados como o Fiorino.
À época já era conhecida a aptidão dos motores Diesel para operar com derivados da biomassa,
incluindo o próprio etanol, além de óleos vegetais brutos ou o biodiesel que começava a dar os primeiros passos na Alemanha com a colaboração do
inesquecível Expedito José de Sá Parente nas pesquisas, mas tal característica foi lamentavelmente negligenciada pelo governo brasileiro...
Mais recentemente, em 2011, eclodiu a chamada “Primavera Árabe”, provocando um aumento na constante tensão política do Oriente Médio vindo a culminar com a deposição de Hozni Mubarak da presidência do Egito (e com o aumento da participação da Irmandade Muçulmana no cenário político local há um sério risco do tratado de paz com Israel ser violado), além de uma série de distúrbios civis no Bahrein e da morte de Muanmar Khadaffi na Líbia, país que exporta um percentual significativo do petróleo consumido no continente europeu, especialmente na Itália. O preço do barril, obviamente, sofreu algumas oscilações. Há ainda toda a polêmica que vem se arrastando em torno do programa nuclear iraniano, cujo governo dos aiatolás alega ter fins pacíficos mesmo com toda a arrogância do presidente Mahmoud Ahmadinejad levar a desconfianças acerca de aplicações bélicas da energia nuclear em um eventual confronto com Israel ou até mesmo ataques em solo americano. De qualquer maneira, tanto uma ofensiva iraniana quanto uma resposta tática israelense ou uma eventual intervenção militar americana teriam uma influência imediata nas cotações do barril de petróleo como aconteceu em 2003 no início da intervenção americana no Iraque.
Novamente, a bioenergia entra em evidência, apoiada ainda por ações de cunho ambientalista. Acabam por merecer destaque, portanto, algumas vantagens do ciclo Diesel: maior eficiência térmica reduzindo o volume de combustível gasto, intervalos de manutenção mais espaçados e uma maior simplicidade vindo a levar um número menor de peças a necessitarem substituição por desgaste. Entre os componentes eliminados, vale destacar as velas de ignição, um tanto complexas de reprocessar em função do material cerâmico usado no isolamento – talvez até possam ser reaproveitados os isoladores se forem preservados íntegros após a desmontagem das velas, mas além de ser difícil fazê-lo acaba por requerer mais precaução no transporte para evitar danos aos mesmos, além de haver sempre algum gasto de energia na produção de novas velas...
Logo, além de aspectos ecológicos, todas as questões políticas e estratégico-militares apontam no ciclo Diesel vantagens significativas para a segurança energética mundial.
Equívoco e governo brasileiro são quase sinônimos.
ResponderExcluirNo me gustan los moros de Arabia Saudita, tratan a los trabajadores filipinos peor que a los perros, lo creen que son hijos de Dios y que pueden practicar todos los crímenes que practican. Es mejor hacer el trabajo con la energía límpia que ahorrar plata en los bolsillos de los putos sheikhs del petroleo.
ResponderExcluirCom políticos que estendem a mão a ditadores e cúmplices do terrorismo, estamos fodidos.
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