Partindo de uma definição simples, pode-se entender como potência de frenagem a facilidade com que um motor sofre uma redução no desempenho quando o acelerador deixa de ser acionado, colaborando para uma conseqüente diminuição na velocidade do veículo como um todo...
Em
aplicações leves, diferenças na potência de frenagem se mostram menos sensíveis, enquanto nos veículos pesados acaba sendo mais comum o uso de sistemas auxiliares de freio-motor para compensar a desvantagem inicial.
Em modelos de projeto americano, como o International 9800, um recurso mais comum é o freio-motor por descompressão, a exemplo dos clássicos "Jake-Brakes", produzidos até hoje pela Jacobs Automotive Systems, que fizeram a fama na época áurea dos Detroit Diesel de ciclo 2-tempos. O princípio de funcionamento é baseado numa duração mais longa da abertura das válvulas de escapamento para liberar parte do ar da admissão, e o corte da injeção é antecipado. No mercado americano ainda é comum ver o uso da marca registrada Jake-Brake como um nome genérico para freios-motor de descompressão.
Já em modelos com projetos de origem européia, o recurso mais comum acaba sendo o uso de uma válvula-borboleta no escapamento, por sinal bastante semelhante à borboleta de admissão (throttle) usada em
motores de ignição por faísca, gerando uma contrapressão que induz o motor a reduzir a rotação. É um sistema tecnicamente mais simples e de fácil manutenção, além do custo inicial mais acessível, flexibilidade na posição de montagem e volume reduzido. Pode ser facilmente adaptável até em veículos leves onde não se dispõe de tanto espaço livre sob o capô para a instalação de dispositivos mais complexos.
O uso de tais sistemas ainda acaba prolongando a vida útil dos freios de serviço, que passam a ser requeridos com menor freqüência, sobretudo em declives mas também em áreas mais planas. Ao fazer uma tomada de curva, por exemplo, a redução na velocidade proporcionada pelo uso do freio-motor normalmente permite manter um bom nível de segurança, ou então retardar o uso dos freios de serviço.
Nos ônibus, vem sendo popularizado o uso de um sistema de freio-motor hidráulico acoplado ao câmbio, conhecido como "retarder", literalmente "retardador" (de frenagem). Ainda que tal denominação tenha se tornado quase genérica, a marca Retarder pertence à empresa alemã Voith, que também fabrica
câmbios automáticos. Vale destacar que a integração do Retarder a um câmbio automático acaba sendo eventualmente considerada mais fácil, justamente pelos câmbios automáticos mais comuns ainda serem baseados num sistema de controle hidráulico.
Além de favorecer a durabilidade dos freios de serviço e neutralizar a pouca disponibilidade de potência de frenagem comum aos motores Diesel, os sistemas auxiliares de freio-motor acabam representando um acréscimo à segurança, visto que em caso de falha dos freios de serviço acabam reduzindo a sobrecarga sobre o popular "freio de mão", oficialmente chamado de "freio de estacionamento" mas também conhecido em outros países como "freio de emergência" - a própria expressão coloquial "e-brake" deriva de "emergency-brake".
Só lamento que o March não tenha freios ABS disponíveis; o curso do pedal é fraco até a metade, e mais forte depois disso... De resto, a matéria foi bem abrangente, envolvendo inclusive os ônibus.
ResponderExcluirABS não está relacionado com a questão da potência de frenagem do motor, apenas com os freios de serviço mesmo.
ExcluirEu tenho um Toyota Bandeirante com uma throttle-body adaptada nele. Ajuda bastante a manter algum efeito de freio-motor e não é tão caro.
ResponderExcluirJá deixa a potência de frenagem mais parelha com um concorrente com motor de ignição por faísca, mas acaba não tendo as vantagens de um sistema de freio-motor auxiliar como os que são usados em caminhões e ônibus.
ExcluirTras unos 16 años tuve yo un accidente con un jeepney de motor Isuzu C240 bajando una montaña en la region de Baguio City, que podria evitarse si hubiera un freno de motor. Los frenos primarios habian fallado y tampoco estaba el freno de emergencia tan bien regulado, por lo que el jeepney golpeó a una pared y por no tener cinturon de seguridad me ha quedado golpeando a una columna del techo y rompi la nariz y un hueso bajo la mejilla derecha.
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