terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Diesel: superando o encanto dos V6 e V8

Apesar do Diesel já ter mostrado ao mercado algumas vantagens que o credenciam como a opção mais racional em diferentes cenários operacionais, há consumidores que ainda se prendem a velhos preconceitos visando sustentar a preferência pela ignição por faísca. Uns queixam-se do custo de aquisição mais alto, outros insistem em alegar que os motores Diesel não desenvolvem boa potência, apesar das faixas de rotação fazer com que tenham um desenvolvimento diferenciado, tanto que, em épocas de gasolina mais barata, houve no mercado brasileiro uma oferta maior de caminhonetes médias com grandes (para os padrões locais) motores V6 em modelos como a Ford Ranger (na foto acima, um exemplar americano da versão "Splash", com carroceria step-side), e a Dodge Dakota chegou a oferecer até um opulento V8 de 5.2L, com pouco mais do dobro da cilindrada do turbodiesel de 4 cilindros (2.5L) que também foi disponibilizado durante o breve período em que foi produzida em Campo Largo-PR.
Pode-se dizer que a Dakota era um caso à parte no mercado brasileiro, visto que, além de ter sido muito associada a um estilo mais "urban cowboy" de Brokeback Mountain e apresentada até mesmo como uma representante mais pura do estilo americano, o motor Diesel que era oferecido, produzido numa joint-venture entre a italiana VM Motori e a lendária Detroit Diesel, era um lixo tão problemático e de difícil manutenção que muitos proprietários o substituíam por motores que podiam ser considerados até tecnicamente inferiores, como o J2 de 2.7L usado pela Kia na tradicional van Besta e no caminhão leve K2700/Bongo, que apesar de não ter turbocompressor apresentava uma relação custo/benefício mais favorável.

E se naquela época, apesar das limitações técnicas, as pickups já passavam a gozar de um prestígio comparável até a automóveis de luxo, tal fator acabou por estimular uma rápida evolução que também englobou os motores Diesel, inicialmente favorecidos pela economia de combustível mas hoje não devendo em nada aos antigos V6 e V8 em termos de desempenho, tanto que entre os modelos de motorização exclusivamente a gasolina ou nas "flex" prevalece a configuração de 4 cilindros, que apenas a Mitsubishi vem contrariando ao disponibilizar um V6 "flex" de 3.5L para a L200 Triton.

Ainda assim, o refinamento técnico das novas gerações de caminhonetes como a Chevrolet S10 demonstra que os motores Diesel, hoje contando com sistemas de injeção eletrônica de elevada precisão, trazem valores elevados de potência, sem sacrificar o torque que lhes é característico, relegando o encanto de motores mais opulentos cada vez mais ao passado.

2 comentários:

  1. Tem que ver se realmente precisa de uma camionete a disel, eu tenho uma s10 4x4 mas é v6, e já é boa para rebocar até a praia uma lancha pequena. Mas na cidade carro a disel não vale a pena, os ladrões crescem mais o olho tanto que o seguro às vezes custa mais que o dobro.

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    1. Daí o problema da ladroagem é mais por causa dessa politicagem de "direitos humanos" para vagabundo e da dificuldade em se conseguir legalmente o direito ao porte de armas.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html