Um lugar para os malucos por motores do ciclo Diesel compartilharem experiências. A favor da liberação do Diesel em veículos leves no mercado brasileiro, e de uma oferta mais ampla de biocombustíveis no varejo.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Liberação do Diesel: é necessário quebrar o silêncio
Apesar do destaque em aplicações comerciais, em que a potência dos motores foi durante muito tempo encarada como um aspecto secundário enquanto a contenção de despesas com combustível ganhava prioridade, não foi suficiente para fazer com que o grande público inebriado pelo ProÁlcool e depois pelo gás "natural" abrisse os olhos e deixasse de encarar os motores Diesel como mera ferramenta de trabalho.
A arrogância de alguns em apontar como demérito as aplicações utilitárias chega a soar cômica, visto que são um bom cenário para demonstrar a superioridade técnica em comparação à ignição por faísca. No entanto, ainda é comum se deparar com quem insista em querer marginalizar o Diesel em aplicações particulares, como se o que dá conta de mover uma caminhonete Kia K2500 TCi não fosse "digno" o suficiente para um SUV como a Ford Explorer, que era apresentada com pretensões luxuosas devido a características específicas do subdesenvolvido mercado automobilístico brasileiro...
Há quem se deixe encantar por um V8, como o FSI opcional no Volkswagen Touareg, mas hoje em quase todos os principais mercados mundiais não é possível se dar ao luxo de negligenciar a preferência de boa parte dos consumidores que não abrem mão de um turbodiesel...
Até mesmo a Porsche, tomada como referência entre os esportivos, teve que ceder, e clientes em outros mercados tem a possibilidade de adquirir um Panamera Diesel ou um Cayenne Diesel. Curiosamente, parte da pressão esteve relacionada a medidas de cunho ambiental, apesar de muitos opositores apontarem constantemente o Diesel como "sujo".
Enquanto isso na República das Bananas, defender a liberação do Diesel ainda é uma pauta marginalizada. Entre as demonstrações de menosprezo, pode-se observar até demonstrações de preconceito contra os caminhoneiros, e estereótipos associando esses profissionais a uma imagem de ignorância e vulgaridade. Sempre tem quem me diga para "comprar um caminhão" com um tom de arrogância, esquecendo que até o pão que tem na mesa não foi andando até o supermercado...
Não se pode, por outro lado, negar que a imagem de robustez associada ao uso de motores Diesel em caminhões é um argumento relevante em defesa de aplicações em veículos leves, em meio a outros tantos que vão da adaptabilidade a combustíveis alternativos até o custo de manutenção reduzido em comparação a motores de ignição por faísca capazes de proporcionar desempenho equivalente. Até mesmo em aplicações especiais como ambulâncias, hoje pode-se observar que o Diesel conquista um espaço cada vez mais significativo.
Para garantir que o direito de usar motores mais eficientes e confiáveis em veículos leves, sem distinções entre um Citroën DS4 ou uma Belina velha, é necessário quebrar o silêncio.
2 comentários:
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html
O povão tem que acordar e ver que diesel não é só para caminhão, tem que cobrar do governo que libere.
ResponderExcluirSó essa F-1000 na foto de cima já mostra que é um erro grave achar que proibir carro a diesel seria eficaz para prevenir que o uso de motores a diesel virasse artigo de luxo. Afinal, apesar de hoje parecer brega, na época em que se proibia as importações essas eram o que tinha de mais caro.
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