segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Rápida observação sobre os testes de emissões com macacos e humanos

Tem causado alguma controvérsia a revelação feita no último sábado (27) pelo jornal New York Times de que as indústrias automobilísticas de origem alemã Volkswagen, BMW e Daimler (mais conhecida pela marca Mercedes-Benz) e a sistemista Bosch teriam submetido macacos a testes de exposição aos gases de escapamento de veículos com motor Diesel. E o caso ainda tornou-se mais comentado após o jornal alemão Süddeutsche Zeitung revelar nesta segunda (29) que 25 voluntários humanos com boa saúde também foram submetidos a testes semelhantes com a inalação de proporções variáveis de óxidos de nitrogênio (NOx) entre 2013 e 2014, portanto antes da eclosão do "Dieselgate". No caso dos testes feitos com humanos, o objetivo declarado era avaliar a exposição aos NOx em ambientes de trabalho, com destaque para caminhoneiros, mecânicos e soldadores que estão frequentemente expostos a essas condições.

Testes com animais já são um tema particularmente controverso na atualidade, com o surgimento de grupos que alegam defender o "bem-estar animal" e novas demandas de mercado por produtos ditos "cruelty-free", ao passo que a exposição deliberada de seres humanos a gases poluentes pode acabar sendo comparada ao uso das câmaras de gás pelos nazistas no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau e às torturas que o psicopata Josef Mengele praticava contra os prisioneiros do local sob pretextos falsamente científicos. Mas até que ponto seria justa a caça às bruxas levada a cabo contra as principais indústrias automobilísticas alemãs que tentam expor um contraponto às alegações de que os motores Diesel modernos sejam um "vilão" no âmbito da preservação ambiental e ainda da saúde pública? Quem poderia eventualmente classificar como uma ameaça pesquisas científicas que vão contra o posicionamento de grupos e ideologias que tentam se impor como os novos donos da verdade?

Logo aparecem encenadores de virtude fingindo preocupação com os macacos usados como cobaia, além de outros tantos que parecem motivados a fazer com que todo o progresso tecnológico que deu origem às mais novas gerações de motores Diesel de reduzidas emissões venha a ser posto abaixo por mera pirraça ideológica. Curiosamente, não se vê a mesma indignação da parte desses grupos quando uma horda de vagabundos passa fumando maconha ou crack na porta duma escola ou dum hospital, mas os motores Diesel que servem como ferramenta de trabalho e ainda movimentam grande parte da economia mundial são o bode expiatório do momento... Enfim, chega a ser profundamente irônico que ds mesmos críticos de eventuais impactos nocivos das emissões de poluentes dos veículos automotores sobre a saúde humana, partam tentativas de deslegitimar a busca por uma mitigação de tais efeitos.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html