sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Eixo dianteiro rígido para adaptação em veículos de tração traseira: uma boa alternativa para facilitar a adaptação de motores mais pesados?

Avistar uma Toyota Hilux de 5ª geração com tração somente traseira e eixo dianteiro rígido é algo que chama facilmente a atenção, tanto pelo exemplar específico que apresentava essa peculiaridade ainda ter sido bem erguido como se costuma ver em exemplares 4X4 modificados para uso off-road extremo quanto pelo eixo dianteiro rígido só ter sido normal de série em versões 4X4 da Hilux enquanto as 4X2 tiveram suspensão dianteira independente desde o início. Mais rústica, a suspensão dianteira por eixo rígido também costuma ser mais frequentemente associada à direção por setor e rosca sem-fim, ao invés de uma direção mais moderna por pinhão e cremalheira, mas a simplicidade tem seus apreciadores, que tendem a priorizar uma percepção de maior robustez ou alguma adequação específica para as condições de uso às quais um veículo vá ser submetido. Outro aspecto que cabe destacar é a maior facilidade para uma eventual adaptação de motores diferentes dos originais e principalmente mais pesados, que chega a ser praticamente óbvio se considerarmos motores de concepção mais abrutalhada para eventualmente substituir os motores Toyota 2L na verdade de 2.4L e 3L de 2.8L Diesel, ambos aspirados e com injeção indireta que equiparam normalmente a Hilux de 5ª geração no Brasil.
Um aspecto a considerar com relação aos eixos rígidos, tanto os de tração quanto só direcionais é serem mais fáceis de instalar principalmente quando a suspensão é por molas semi-elípticas longitudinais, que dispensam braços de fixação do eixo ao chassi, bem como uma simplicidade também maior para fazer a readequação ao peso maior de alguns motores diferentes que possam ser adaptados em substituição ao original. No caso específico de uma Toyota Hilux de 5ª geração, que pela resiliência a condições de uso mais severas, ampla presença nos principais mercados mundiais tanto de forma oficial quanto as cópias chinesas, e a mecânica bastante simples tornando razoável a eventual comparação ao que seria um Ford Modelo T aproximadamente 80 anos mais moderno, há quem prefira ou preservar a originalidade e a confiabilidade ou fazer modificações também comparáveis com a justa licença poética ao conceito dos hot-rods, e para suportar melhor um motor mais "de caminhão" ou "de trator" o eixo dianteiro rígido até pode ser uma opção com boa relação custo/benefício. Enfim, mesmo que possa parecer inusitado por ser menos comum comparado à adaptação de eixos dianteiros rígidos motrizes em veículos 4X4 quando a suspensão dianteira independente pareça menos adequada às condições de uso ou seja demasiado cara para readequar ao peso do conjunto motriz modificado, o eixo dianteiro rígido em veículos de tração traseira ainda pode também fazer algum sentido...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html