sexta-feira, 7 de junho de 2024

5 motores que seriam tentadores para adaptar em um Toyota Land Cruiser Prado da geração J90

Modelo nunca comercializado oficialmente no Brasil, o Toyota Land Cruiser Prado J90 é muito apreciado em países vizinhos como o Paraguai onde exemplares de fabricação japonesa importados tanto novos quanto já usados ou a Venezuela onde foi montado localmente em Cumaná é é conhecido como Toyota Merú. A predominância de versões com motores Diesel no Paraguai contrasta com a oferta na Venezuela só com motores a gasolina com 4 cilindros em linha ou ainda 6 cilindros em V, mas mesmo considerando as opções de motor Diesel originais de fábrica talvez outros motores fossem tentadores como opção para um eventual upgrade. Ao menos 5 motores podem ser listados entre as possíveis opções para um engine-swap:
1 - Toyota 14B: o último motor a ser usado no Bandeirante, chegou a ser substituído em caminhões leves na África do Sul pelo 5L-E que era um dos motores Diesel originais do Toyota Land Cruiser Prado J90. Tendo em vista questões como as normas de emissões e o motor 14B ser até usado em adaptações em veículos de faixas de tamanho próximas faz com que seja viável de acordo com alguns anos-modelo até 2001 caso alguém consiga trazer e regularizar um exemplar no Brasil;

2 - Mercedes-Benz OM-364: muito usado em caminhões leves da Mercedes-Benz no Brasil, e também no Bandeirante antes que a Toyota do Brasil passasse a usar o próprio motor 14B que foi produzido no Brasil em convênio com a MWM. Ter chegado a ser produzido e usado até 2011 no caminhão Mercedes-Benz 710 nacional, já com turbo e intercooler, dá conta de mover com desenvoltura modelos da categoria do Toyota Land Cruiser Prado;

3 - MWM Sprint 4.07 TCA: chegou a ser usado tanto em pick-ups e SUVs na mesma faixa de tamanho tanto pela General Motors nos modelos Chevrolet S10 e Blazer quanto pela Nissan como opção para aumentar o índice de nacionalização de componentes nas versões brasileiras de Frontier e XTerra, sendo também uma opção bastante popular para adaptação em versões do Mitsubishi Pajero Full originalmente equipadas com o motor 4M40 turbodiesel de injeção indireta, conceitualmente bastante semelhante ao 1KZ-TE que foi oferecido no Toyota Land Cruiser Prado J90 e até na geração seguinte, que foi a única oferecida regularmente no Brasil. Também ter sido usado pela Agrale em caminhões leves com PBT de 6 toneladas e na primeira geração do Marruá já atesta ser um motor adequado;

4 - MWM D-229-3: seria uma opção até um tanto improvável, tanto pelo desempenho que ficaria um tanto modesto quanto por já ter ficado para trás à época das gambiarras com esse motor de 3 cilindros e 2.9L com um intuito de economizar mais combustível em pick-ups Ford originalmente equipadas com o mesmo motor MWM 229 em versões com 4 cilindros e 3.9L mais lembradas pelo uso na Ford F-1000 tanto com aspiração atmosférica quanto turbo. Por ter sido usado em alguns caminhões antigos da Agrale, que além do PBT maior tinham uma aerodinâmica pouco apurada, dá a entender que ainda poderia ser razoável em condições de uso normal;

5 - Yanmar TNV: as versões com 4 cilindros na faixa entre 2.0L e 2.2L quando equipadas com o turbo conseguem atender com alguma desenvoltura, considerando também o fator de multiplicação adotado pela FIA para fins de homologação, como se a cilindrada de um motor dotado de turbocompressor fosse 70% mais alta tomando como referência motores de aspiração atmosférica. Logo, as versões 4TNV84 de 2.0L e 4TNV88 de 2.2L ficariam comparáveis a hipotéticos motores na faixa de 3.4L a 3.74L sem turbo. Poderiam atender bem, considerando que o Toyota Land Cruiser Prado J90 usou o já mencionado motor 5L-E de 3.0L e também o 3L de apenas 2.8L como opções de motor Diesel sem turbo de acordo com os mercados onde chegou a ser oferecido, e a injeção direta de alguns modelos de motor Yanmar da série TNV hoje teria a preferência de uma grande parte do público pela percepção de maior economia de combustível comparada à injeção indireta dos motores 3L e 5L-E originais.

Um comentário:

  1. Lembro bem daquela época que a adaptação do motor MWM de 3 cilindros originalmente usado nos caminhões Agrale mais antigos teve um surto de popularidade na F-1000. Todo colono que viveu os anos 80 teve algum parente ou vizinho que chegou a ter uma F-1000 com aquele motor. E ficava bom que o peso ficava menor na frente, daí na época que caminhonete normal de linha era mais de tração só traseira podia botar um saco de areia menor para fazer o lastro para assentar bem o eixo da tração em trecho de barro mais ou menos firme.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html