sexta-feira, 5 de julho de 2024

Ford Ranger Raptor: praticamente uma modernização do conceito dos hot-rods?

Versão com pretensões esportivas inserida na geração anterior da Ford Ranger, mas já com uma versão biturbo do motor EcoBlue 2.0 com 4 cilindros com desempenho mais vigoroso em comparação ao motor 3.2 de 5 cilindros que foi o top de linha no Brasil até a geração atual chegar ao nosso país no ano passado, a Raptor manteve em alguns países a opção pelo EcoBlue com só 4 cilindros, e no Brasil é oferecida com o motor V6 EcoBoost a gasolina de 3.0L e 397cv. Quanto aos motores das outras versões, o 2.0 EcoBlue no Brasil só é usado com um único turbo, com outro V6 também de 3.0L ficando como a opção mais vigorosa para quem prefere um turbodiesel, e tendo em vista que o V6 turbodiesel acaba tendo um desempenho mais vigoroso que o EcoBlue chama a atenção que a Ford Ranger Raptor use um motor menor para quem não abre mão do Diesel, exatamente de acordo com aquela proposta original de economia que balizava a preferência de um público mais conservador quanto a caminhonetes de um modo geral. Enquanto alguns possam ver tal opção mais como "pacote de aparência", em que pese a Ford Ranger Raptor dispor de aprimoramentos voltados a um uso off-road extremo, a V6 a gasolina deixa escancarada a esportividade, e de certa forma uma grande presença da Ranger em mercados mundiais propicia comparações ao que ocorria com o Ford Modelo T por volta de 100 anos atrás e a gênese do que veio a ser a cultura hot-rod.

Por mais que um hot-rod "ortodoxo" tenha o perfil mais próximo dos carros até a década de '30 do século passado, e forçando a barra seja possível incluir street-rods da década de '50 nesse mesmo contexto, e um predomínio de motores V8 a gasolina naquele contexto da prosperidade do American Way of Life no imediato pós-guerra, diferenças substanciais entre as versões mais convencionais e a Ford Ranger Raptor tornam inevitável fazer uma comparação quanto aos contextos históricos. Naturalmente um modelo original de fábrica destoa da proposta dos hot-rods que sempre foram montados de forma mais artesanal e às vezes integrando componentes de carros de fabricantes diferentes, e também já cabe mencionar como motores Diesel podem até fazer algum sentido em contexto semelhante ao da adoção dos V8 por adeptos de hot-rods mais ortodoxos, considerando que utilitários costumavam se destacar pelos motores mais vigorosos para atender a condições de carga intensa desde a época que caminhões ainda eram oferecidos com motores a gasolina ou até a discreta presença de caminhões com motor a álcool/etanol no Brasil no início do ProÁlcool, enquanto hoje um predomínio de motores turbodiesel e algumas opções mais especializadas a gás natural são oferecidas atualmente no mercado de caminhões. Mas em que pese ser um modelo normal de linha, contrastando com aquela filosofia de épocas mais embrionárias da cultura hot-rod, cabe certamente fazer uma alusão entre a Ford Ranger Raptor e modificações pioneiras de quando um Ford Modelo T repotenciado com um motor Ford Flathead V8 dava as cartas...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html