Dependendo do projeto, é possível montar o motor elétrico entre o motor de combustão interna e o câmbio, passando a fazer também o acoplamento em substituição à embreagem como no Volvo B215RH que é equipado com câmbio manual-automatizado, ou ao conversor de torque como no BMW ActiveHybrid 7 que tem câmbio automático. Incorpora também as funções do motor-de-arranque e do alternador, pode acionar acessórios e periféricos sem depender de correias, e ainda servir como retardador de frenagem de modo a prolongar a durabilidade dos freios. Cabe salientar que os intervalos entre eventuais intervenções de manutenção que se façam necessárias tornam-se mais espaçados em comparação a um conjunto de embreagem, além de não apresentar deslizamento como o conversor de torque hidráulico usado em câmbios automáticos.
As baterias ainda são um ponto polêmico, tanto devido ao impacto do peso e volume sobre a capacidade de carga dos veículos quanto à durabilidade diante de oscilações nos ciclos de carga e descarga, mas é possível que opções adequadas às distintas condições operacionais sejam oferecidas da mesma forma que acontece com tanques de combustível de diferentes tamanhos. A composição química dos eletrólitos e todos os processos envolvidos na produção e distribuição das baterias são outros aspectos controversos, frequentemente apontado em contraponto a alegações de defensores de veículos puramente elétricos ou híbridos com motor de ignição por faísca acerca de um footprint ambiental menor durante a vida útil operacional estimada de um veículo. A destinação ao final da vida útil também desperta indagações, principalmente num certo país de terceiro mundo que ainda apresenta um cenário caótico mesmo no descarte do lixo comum...
Justamente a coleta de lixo é mais um segmento que poderia ser beneficiado pela integração entre motores Diesel e sistemas de transmissão híbridos. Em grandes cidades, trata-se de um serviço normalmente feito durante a noite, tendo portanto na emissão de ruídos um ponto crítico. A possibilidade de usar apenas o motor elétrico ao menos em alguns trechos do trajeto já reduz o desconforto acústico tanto para o operador quanto para a população atendida, e o motor elétrico pode atuar também como tomada de força (PTO - power take-off) para acionar o compactador de lixo sem a necessidade de manter o motor Diesel em rotação elevada com o veículo parado.
Ainda que a forte antagonização atribuída às propostas dos sistemas de tração híbridos e dos motores Diesel nos veículos leves dê margem a questionamentos, não se pode ignorar vantagens operacionais que poderiam resultar de uma integração dos mesmos com o intuito de promover uma melhoria na eficiência energética e redução nos custos gerais de manutenção das frotas de operadores profissionais com os mais distintos perfis. Também é importante salientar que essa medida acarretaria numa menor pressão exrcida pelas aplicações utilitárias sobre a demanda por óleo diesel convencional e substitutivos, constituindo portanto mais um bom pretexto para pleitear a liberação do Diesel em veículos leves no mercado brasileiro.
Caminhão eu já não sei, ônibus se for o caso só em cidades maiores onde a prefeitura fica cobrando mais de perto, mas híbrido para usar a trabalho eu acho que ainda vai demorar a dar certo. Já viu o quanto tem de moto com aquela banheira do lado para transportar material? Isso sim é bom que economiza gasolina sem estrupiar os bolsos do peão.
ResponderExcluirAquela "banheira" é o side-car. Já vi muitas motos equipadas com esse implemento, principalmente para carregar garrafões de água e botijões de gás.
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