A tão aclamada injeção direta tornou-se uma faca de dois gumes à medida que ganhou um espaço junto à ignição por faísca, mesmo figurando tal qual o turbo entre os recursos para a eficiência geral alcançar uma maior proximidade com os Diesel, que os haviam massificado e desmistificado anteriormente nos principais mercados internacionais e também em alguns países periféricos onde os custos de aquisição e manutenção são mais críticos. Como nem tudo são flores, vale destacar que a injeção direta favorece a formação de material particulado nos motores de ignição por faísca mesmo com o uso de combustíveis mais voláteis como a gasolina e o etanol, e portanto para manter o enquadramento nas normas cada vez mais rigorosas de emissões é necessário em algumas regiões recorrer a um filtro de material particulado análogo ao DPF amplamente usado nos turbodiesel mais modernos. Outro aspecto a se destacar quanto a diferentes sistemas de combustível nos motores de ignição por faísca de um modo geral para operação com gasolina ou etanol, é quando são adaptados para usar também o gás natural cuja injeção sempre em fase de vapor requer o acréscimo de injetores específicos no coletor de admissão, e no caso de motores com injeção direta ainda é imprescindível usar simultaneamente uma dosagem de um dos combustíveis previstos no projeto do veículo para evitar danos aos injetores originais que ficam diretamente expostos à frente de propagação de chama nas câmaras de combustão.
Outros fatores tão diversos quanto a obsessão do público generalista em torno da potência dos motores, e invariavelmente um motor flex mesmo quando eventualmente ainda não recorra ao turbo já costuma sair-se melhor nesse aspecto que um turbodiesel dentro da mesma faixa de cilindrada, poderiam ser um empecilho tão significativo quanto a necessidade de incorporar à rotina de manutenção os cuidados para assegurar um correto funcionamento dos dispositivos de controle de emissões. Convém salientar que a simples presença do turbo em motores flex mais recentes já requer um maior rigor quanto à observância das especificações do óleo lubrificante por exemplo, e certamente pesou contra uma maior aceitação do downsizing durante outros momentos históricos tanto em função de maiores dificuldades para encontrar insumos de boa qualidade quanto por alguns maus hábitos de operadores anteriormente mais habituados a motores rústicos que suportavam mais facilmente alguns erros que um motor moderno geralmente não tolera. E com os avanços tecnológicos incorporados aos motores turbodiesel mais recentes não estando necessariamente tão escancarados aos olhos do povão até em função das restrições ao uso com base nas capacidades de carga e passageiros ou tração, acabam prevalecendo no imaginário popular motores "de trator" demasiado pesados e de desempenho não tão vigoroso mas rústicos o suficiente para não exigir a manutenção criteriosa que qualquer motor de concepção moderna requer.
Outros fatores tão diversos quanto a obsessão do público generalista em torno da potência dos motores, e invariavelmente um motor flex mesmo quando eventualmente ainda não recorra ao turbo já costuma sair-se melhor nesse aspecto que um turbodiesel dentro da mesma faixa de cilindrada, poderiam ser um empecilho tão significativo quanto a necessidade de incorporar à rotina de manutenção os cuidados para assegurar um correto funcionamento dos dispositivos de controle de emissões. Convém salientar que a simples presença do turbo em motores flex mais recentes já requer um maior rigor quanto à observância das especificações do óleo lubrificante por exemplo, e certamente pesou contra uma maior aceitação do downsizing durante outros momentos históricos tanto em função de maiores dificuldades para encontrar insumos de boa qualidade quanto por alguns maus hábitos de operadores anteriormente mais habituados a motores rústicos que suportavam mais facilmente alguns erros que um motor moderno geralmente não tolera. E com os avanços tecnológicos incorporados aos motores turbodiesel mais recentes não estando necessariamente tão escancarados aos olhos do povão até em função das restrições ao uso com base nas capacidades de carga e passageiros ou tração, acabam prevalecendo no imaginário popular motores "de trator" demasiado pesados e de desempenho não tão vigoroso mas rústicos o suficiente para não exigir a manutenção criteriosa que qualquer motor de concepção moderna requer.
Num mercado tão sensível ao custo de aquisição como o é o brasileiro, onde a predominância dos 1.0 é mais uma consequência da política dos carros "populares" que começou a ser delineada por Fernando Collor de Mello na década de '90 que por vantagens técnicas dessa configuração, é natural que algumas evoluções técnicas visando manter o enquadramento na tributação diferenciada não sejam unanimidade. A massificação mais lenta de recursos como o turbo hoje oferecido no Chevrolet Onix Plus, comparada ao que se observou entre os motores Diesel especialmente a partir da 2ª metade da década de '90 junto à maior participação da injeção direta entre os turbodiesel de alta rotação destinados a veículos leves, já é um tanto preocupante à medida que favorece uma imagem da ignição por faísca como mais "à prova de burro" no tocante à manutenção além de permanecer com um custo inicial menor. Enfim, considerando a artificialidade burocrática que favoreceu algumas modernizações no segmento dos motores 1.0 flex e eventualmente se distanciando de algumas prioridades do público generalista e também de operadores comerciais, tudo leva a crer que a maior aceitação observada hoje não seja um precedente tão favorável a uma liberação do Diesel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo e entre na conversa. Por favor, comente apenas em português, espanhol ou inglês.
Welcome, and get into the talk. Please, comment only either in Portuguese, Spanish or English.
- - LEIA ANTES DE COMENTAR / READ BEFORE COMMENT - -
Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html