Considerando também o que ocorre em outras regiões tão diversas quanto Estados Unidos e Europa, a economia de combustível proporcionada por um motor turbodiesel tem permanecido menos difícil de se justificar de curto a médio prazo em categorias nas quais predominam modelos mais pesados, e também acaba sendo mais fácil encontrar um espaço para integrar às plataformas dos veículos alguns sistemas de controle de emissões cada vez mais massificados como os filtros de material particulado (DPF) ou o catalisador SCR para neutralização de óxidos de nitrogênio (NOx) sem impactar tão significativamente a capacidade de carga ou passageiros. O fato de pick-ups e outros tipos de utilitários serem classificados como "caminhão leve" pelas autoridades competentes nos Estados Unidos, além da menor incidência de impostos em comparação aos automóveis, também proporciona o enquadramento em metas de redução de consumo de combustível CAFE (Corporate Average Fuel Economy) menos rígidas para o fabricante e também regulamentações de emissões diferenciadas que eventualmente impossibilitam um motor "de caminhão" ser homologado num carro que possa apresentar resultados satisfatórios com a instalação. E no tocante à Europa, por mais que usuários de caminhonetes mais antigas para fins recreativos possam não ter o menor desejo de atualizar o conjunto mecânico para driblar restrições à circulação em algumas cidades de acordo com as certificações ambientais e a qualidade do ar, o predomínio de um layout mais tradicional de chassi separado da carroceria com motor longitudinal tanto em modelos antigos quanto nos atuais proporciona uma relativa facilidade para modificações até bastante radicais sem prejudicar a integridade estrutural.
Um antagonismo que a mídia e agências reguladoras tentam fazer entre o Diesel e híbridos baseados na ignição por faísca, embora permaneça mais habitual junto aos veículos leves e tenha no Brasil ainda um viés utópico com relação à viabilidade de recuperar um destaque do etanol junto ao público generalista, também reforça uma idéia das caminhonetes sendo um "refúgio" para os dieselheads mais tradicionais. O atual interesse de consumidores com um perfil mais urbano por utilitários, motivados tanto por uma precariedade da malha viária brasileira quanto pelo desejo de externar um estilo de vida mais ativo e de contato com uma natureza bravia ou um apreço pelas culturas interioranas (caipira/colonial/sertaneja), também fomenta a eventual preferência por algumas categorias de veículos anteriormente tratadas mais como uma despretensiosa ferramenta de trabalho e hoje alçadas a uma condição bastante prestigiosa. Enfim, uma série de fatores estritamente técnicos mantém a hegemonia do Diesel em segmentos com o predomínio de uma concepção mais pesada mundo afora, mas não anula o eventual direcionamento do público generalista para desenvolver uma admiração por caminhonetes, que diga-se de passagem ainda permanecem como ícones de uma cultura dieselhead originalmente fortalecida a partir do sucesso nas aplicações estritamente profissionais.
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html