sexta-feira, 2 de abril de 2021

Motores Mercedes-Benz ou Toyota 14B, um grande dilema para os fãs do Toyota Bandeirante

Não é novidade que uma oferta de motores Diesel foi decisiva para o sucesso do Toyota Bandeirante brasileiro mesmo quando o Land Cruiser J40 estrangeiro ainda contava somente com motores Toyota F e 2F a gasolina que nada mais eram que imitações do motor Chevrolet "Stovebolt Six", e tendo em vista fatores como índices de nacionalização de componentes além da demora para ser oferecida uma opção Diesel no J40 só a partir de '74, a Toyota do Brasil recorria já em '62 ao outsourcing de motores junto à Mercedes-Benz que se estendeu até a introdução do motor Toyota 14B no país em '94. Os motores que foram instalados no Bandeirante até então eram o OM-324 de 3.4L e injeção indireta usado até '73, e os OM-314 de 3.8L oferecido de '73 a '89 já incorporando a injeção direta e o OM-364 de 4.0L que foi de '89 até a chegada do 14B cuja montagem era feita nas instalações da MWM com peças importadas. Um aspecto que chama a atenção no tocante aos motores Mercedes-Benz é a faixa de rotações mais estreita em comparação ao 14B, bem como o fato de tanto o OM-314 quanto o OM-364 terem uma cilindrada ligeiramente mais alta que o 14B e de certa forma poder ser esperado um desempenho mais parelho. É impossível negar que um Toyota Bandeirante não é exatamente o veículo mais convidativo para correr por uma estrada, e portanto um motor mais "girador" como o 14B considerando a pequena diferença de cilindrada a princípio soa mais difícil de justificar para alguns usuários com perfil mais tradicional que se mantinham mais favoráveis aos motores Mercedes-Benz. No fim das contas, considerando que tanto os motores Mercedes-Benz quanto o 14B mantinham uma concepção essencialmente rústica recorrendo à injeção de combustível 100% mecânica e à sincronização tanto do comando de válvulas quanto da bomba injetora por engrenagens, a princípio não seria tão justo subestimar o motor próprio da Toyota, embora também seja quase impossível ignorar o apelo do downrevving que ainda mantém uma legião de fãs para o OM-314 e o OM-364.

Um comentário:

  1. Desse modelo eu ainda via mais pelo interior que em São Paulo capital. Mas com motores até parecidos para mim é indiferente.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html