quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Toyota Corolla E140: teria sido um erro suprimir as opções de motor Diesel nas versões narrow-body?

Modelo que certamente foi fundamental para consolidar a imagem do Japão como importante player no cenário da indústria automobilística a nível mundial, o Toyota Corolla naquela que foi a 10ª geração em escala global foi marcante ao restringir a disponibilidade das versões de carroceria mais estreita apenas ao próprio Japão e com disponibilidade limitada para exportação regional em partes da Ásia e Oceania. E diante de um desinteresse da Toyota em oferecer automóveis com motor Diesel no mercado japonês a partir de 2004, era previsível que a geração E140 do Corolla tivesse tal opção suprimida para o modelo Axio, desenvolvido para preservar a classificação como compacto que no Japão só se aplica a veículos de até 4,70m de comprimento e 1,70m de largura, e no caso do Corolla foi necessário que ficasse mais estreito em comparação a modelos internacionais. Lançado no Japão em 2006 e seguindo em produção até 2012, o Toyota Corolla Axio da geração E140 foi precedido pelas versões narrow-body da geração E120 que eram extensivas a outras regiões como a Europa, partes da África e do Oriente Médio, e por incrível que pareça até a Austrália onde teoricamente sobrava espaço para a versão mais larga que foi a escolhida pela Toyota do Brasil para produção nacional desde quando começou a ocorrer a divisão para alguns mercados receberem modelos narrow-body.

Considerando que tanto a geração imediatamente anterior quanto a sucessora nas versões E170 e E180 destinadas a mercados internacionais tiveram rigorosamente as mesmas opções de motores Diesel para atender a diferentes regiões, desde o 2C-III de 2.0L com injeção indireta e aspiração natural passando pelos 1ND-TV de 1.4L e 1CD-FTV de 2.0L já dotados de turbo e injeção direta do tipo common-rail gerenciada eletronicamente, a princípio poderia soar lógico o bastante até disponibilizar tais opções ao menos para mercados de exportação nos quais a carroceria mais estreita ainda fosse favorecida, embora a maioria fosse em alguns países da Ásia nos quais eventualmente o gás natural e até o gás liquefeito de petróleo (GLP - "gás de cozinha") que no Brasil é proibido para uso como combustível automotivo são favorecidos. E a bem da verdade, considerando como o Corolla foi fundamental para a Toyota tirar da Volkswagen a condição de principal referência na fabricação de carros compactos a nível mundial, e até a demanda por exemplares de especificação japonesa que costumam ser importados já usados em países onde as versões internacionais já são comercializadas regularmente quando novos deixar claro haver a demanda pelo narrow-body junto a uma parcela eventualmente mais austera do público generalista, e ao menos uma opção de motor Diesel seria bem-vinda e até relativamente fácil para implementar, como o 2C-III e o 1ND-TV que no ciclo da geração E140 chegaram a equipar exemplares japoneses do modelo wide-body destinado apenas à exportação geral por excederem o limite de largura para recolher menos imposto anual. E por mais que o japonês médio fosse um tanto conservador no tocante a motores, com uma nítida preferência pela simplicidade dos motores de aspiração natural que levou o motor 3C-E de 2.2L também com injeção indireta e cuja cilindrada o posicionava em uma faixa de imposto anual mais caro a ser o último Diesel a ser oferecido no Corolla JDM, eventualmente o 1ND-TV ao ser enquadrado em uma faixa de cilindrada menos penalizada pela tributação já seria apto a atender usuários com perfil mais condicionado a entender especificidades que a presença do turbo acarreta especificamente quanto à lubrificação pela carga térmica mais intensa que o óleo lubrificante precisa suportar.

Tendo em vista até a quantidade de carros japoneses importados já usados em países como o Paraguai e que de vez em quando aparecem no Brasil principalmente nas temporadas turísticas, e como o Paraguai é bastante liberal no tocante a motores Diesel e com classificações de emissões muito mais lenientes, já é possível apontar ao menos um cenário no qual a disponibilidade de tal opção em exemplares novos à época da produção do Toyota Corolla Axio E140 teria vindo a ser mais apreciada futuramente, e o fato do modelo narrow-body ter um perfil mais essencialmente conservador poderia favorecer tanto o 3C-E ou o 2C-III em determinadas regiões onde a incidência de impostos fosse menos atrelada à cilindrada, ou seja mais leniente em comparação ao Japão. E tendo em vista que em alguns países já era comum o uso de versões mais austeras do Corolla em serviços como o de táxi, para os quais eventualmente uma carroceria só um pouco mais estreita que a do modelo internacional facilitaria a manobrabilidade em espaços exíguos nos grandes centros urbanos, que justificaria facilmente um narrow-body com motor Diesel até fora do Japão. Enfim, tudo leva a crer que versões narrow-body do Toyota Corolla E140 até poderiam ser beneficiadas caso tivessem recebido ao menos opcionalmente um motor Diesel.

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