sábado, 2 de março de 2013

Diesel: sem compromisso

Em alguns veículos, há características que acabam por comprometer severamente a disponibilidade de espaço para passageiros e bagagens, como o Peugeot 308CC, cuja capota rígida retrátil reduz consideravelmente o volume do porta-malas quando não está em uso, além dos reforços estruturais necessários para garantir a adequada rigidez torcional também provocarem alguma limitação na área disponível para a cabine.
Sem dúvidas, é mais um cenário bastante favorável para expor as vantagens do Diesel num contraponto aos híbridos com motor de ignição por faísca e baterias tracionárias demasiadamente volumosas. O próprio 308CC é até disponibilizado em alguns mercados com a opção por motores Diesel, entre os quais se destaca o 1.6L e-HDi 115, que conta com o sistema de desligamento e arranque automático, também conhecido como "micro-híbrido". Além do menor consumo de combustível, tem a vantagem de ainda liberar algum espaço para que se disponha de um pneu sobressalente, suprimido em modelos como o Toyota Prius visando liberar espaço para a bateria tracionária, a meu ver comprometendo desnecessariamente a segurança.

O motor 1.6L e-HDi também é disponibilizado para outros modelos na linha da Peugeot, como a minivan 3008, capaz de manter uma economia de combustível superior ao Prius sem agregar tanta complexidade. Vale lembrar que, além dos riscos associados ao manuseio de uma instalação elétrica de alta tensão, o descarte e posterior reciclagem de uma bateria tracionária envolvem operações bastante complexas e dispendiosas.

Outras versões do mesmo motor também são oferecidas em mercados mais próximos, como na Argentina, ainda que por lá não esteja disponível o start-stop, e mesmo assim a economia do Diesel se apresenta. Também é conveniente lembrar a maior adaptabilidade a combustíveis alternativos numa comparação com os híbridos, com destaque para óleos vegetais. Não é incomum argentinos e paraguaios usarem óleo de girassol puro como combustível sem recorrerem a modificações, mesmo em motores Diesel mais modernos.
Tal experiência também é interessante para rebater eventuais críticas quanto a uma liberação do Diesel em veículos leves no mercado brasileiro, tanto no tocante a emissões - que acabam reabsorvidas durante o crescimento dos novos girassóis, assim como ocorre com o etanol em relação à cana-de-açúcar - quanto a um aumento de preços em função de uma eventual diminuição na disponibilidade de óleo diesel para o transporte pesado.

No atual estágio de evolução tecnológica, o Diesel vem mostrando grande aptidão para atender desde aplicações com pouco espaço disponível para instalação do conjunto motopropulsor, como o subcompacto Chevrolet Spark (que na Índia, onde é conhecido como Chevrolet Beat, tem como opcional um motor 1.0L turbodiesel de 3 cilindros), até grandes "barcas" de luxo como o Citroën C6, conciliando desempenho, economia, segurança e reduzido impacto ambiental, sem compromissos...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html