Uma alegação recorrente está relacionada à dependência brasileira pelo transporte rodoviário, um destino prioritário do óleo diesel. Uma maior demanda acabaria por influenciar o preço final ao consumidor, que teoricamente passaria a não ter mais tantas vantagens associadas ao Diesel, além do impacto no custo dos processos logísticos de mercadorias atingindo todos os setores da economia. A menor carga tributária, de 23% contra os 44% de impostos cobrados sobre a gasolina, é também apontada como uma potencial controvérsia, visto que foi estabelecida exatamente para tornar o transporte de massa menos oneroso. Tais argumentações subestimam a maior adaptabilidade do Diesel a outros combustíveis alternativos além do biodiesel, desde o popular etanol até óleos vegetais, o que acaba afastando o temor de uma crise de desabastecimento como ocorreu entre o final da década de 80 e o começo da década de 90 com o etanol, levando até à importação de metanol americano para atender à demanda brasileira...
Sob um equivocado viés "ecológico", o maior impacto ambiental associado à produção de híbridos é ocultado por estratégias publicitárias referentes à redução no consumo de combustível em comparação com um modelo de porte semelhante sem tração auxiliar elétrica. Além da intensificação nas extrações minerais, o gasto de energia com o transporte das matérias-primas e os processos industriais requeridos pela produção do sistema auxiliar de tração elétrica dificilmente é recuperado ao longo da vida útil operacional do veículo, além das emissões de poluentes industriais não serem devidamente compensadas. Vale destacar que um Diesel muitas vezes ainda apresenta resultados ainda mais favoráveis que um híbrido concorrente, a um custo inicial mais baixo e com menor complexidade nos procedimentos de manutenção.
No mercado brasileiro, com um viés falsamente patriótico, o uso de etanol em motores de ignição por faísca é apontado como uma opção próxima da perfeição. Enaltecido devido ao sucesso do ProÁlcool iniciado durante o governo militar, já era comum entre fazendeiros americanos antes da Lei Seca, bem como usado em alguns veículos de competição como os karts.
É uma alternativa mais imediatista para reduzir a dependência pelo petróleo e o impacto das tensões no Oriente Médio sobre a segurança energética, mas não é tão vantajoso. Em comparação com o ciclo Diesel, além da adaptabilidade a combustíveis alternativos mais restrita e menor eficiência térmica, a partida a frio fica mais comprometida, prejudicando também a estabilização da marcha-lenta nos primeiros minutos logo após a partida. O consumo de combustível, que já é desfavorável em comparação com a gasolina, acaba tornando-se ainda mais problemático. Faz mais sentido investir no óleo diesel sintetizado a partir da cana-de-açúcar...
Mas tem que ser mesmo muito boca aberta para ficar criticando motor a diesel assim sem fundamento como o zé-povinho ainda faz por aí. Ninguém dá importância para o biodiesel e ainda querem depois reclamar do preço da gasolina e da falência das usinas de álcool.
ResponderExcluir