segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Etanol: uma alternativa mais válida que o Arla-32 para o aftertreatment?

Já é sabido que combustíveis alcoólicos como o etanol e o metanol tem um bom potencial para melhorar desempenho e consumo quando aplicados por injeção suplementar num motor Diesel (normalmente usa-se metanol misturado com água desmineralizada), atuando não só como um intercooler químico como também por melhorar a propagação da chama dentro das câmaras de combustão. Mas apesar de também ter propriedades favoráveis ao controle de emissões, tem um efeito limitado nesse contexto ao levar em consideração as normas ambientais cada vez mais rígidas.

Entretanto, em meio a tantas polêmicas em torno do fluido Arla-32 (solução de 32,5% de uréia diluída em água desmineralizada, também conhecido como DEF ou AdBlue), a possibilidade de se usar o etanol no processo de pós-tratamento dos gases de exaustão desperta interesse, sobretudo em mercados emergentes que começam mais recentemente a impor normas mais rigorosas de controle de emissões. A sistemista americana Tenneco, fornecedora de dispositivos de controle de emissões e componentes de suspensão, tem apostado forte nessa proposta: com o sistema HC-HLNC (Hydrocarbon Lean NOx Catalyst - ou "catalisador por mistura pobre de hidrocarbonetos" numa tradução livre) apresentado ano passado na Automec, a principal vantagem apontada é o custo menor do insumo quando comparado ao Arla-32. Outra vantagem significativa que pode ser apontada é a eliminação de riscos associados à cristalização da uréia dentro do catalisador, cujo custo de substituição pode chegar a absurdos R$30.000,00.

Convém lembrar, também, que o processo produtivo do etanol é muito mais simples e, de acordo com a filosofia que norteou Rudolf Diesel no desenvolvimento do sistema de ignição por compressão, também acabaria por enquadrar-se num contexto de fomento à atividade agroindustrial, enquanto a produção do Arla-32 requer uma infraestrutura mais complexa e maior gasto de energia, além do principal insumo atualmente usado na produção da uréia industrial ser o gás natural de origem predominantemente fóssil.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html