quinta-feira, 6 de junho de 2019

75 anos do Dia D

Embora a Força Expedicionária Brasileira não tenha participado da operação de desembarque das tropas aliadas na Normandia, operação conhecida como Dia D, não é possível ignorar que a II Guerra Mundial também afetou o Brasil não apenas pelo envio de tropas para o front de Monte Castelo. Desde a exportação de corned beef, muito usada tanto nas rações de combate quanto na alimentação civil durante períodos de racionamento de comida em países como a Inglaterra em meio ao conflito e nos posteriores "anos de austeridade" que precederam a reestruturação econômica, até os primeiros contatos com o Jeep original ainda denominado Willys MB que viria a se tornar uma das referências máximas de veículo utilitário. O exemplar da foto acima, de 1942, muito provavelmente não tenha participado das operações no dia 6 de junho de 1944, apesar dos Estados Unidos terem doado ou vendido a preços irrisórios muitos veículos militares que haviam sido produzidos durante o esforço de guerra. No caso do Willys MB, cuja produção foi de 1940 até 1945, sempre com motor Willys L134 "Go Devil" de 2.2L movido a gasolina com 4 cilindros e válvulas laterais (flathead), tornou-se um ícone tanto da história militar quanto posteriormente em atividades civis, sendo fundamental até nos primórdios da mecanização agrícola.

Mas voltando ao cenário bélico e como o Jeep estava inserido: numa época em que não havia OTAN para padronizar o uso de motores Diesel nas frotas militares operacionais dos países-membros, nem mesmo motores Diesel de alta rotação compactos o suficiente para equipar o Jeep Willys original que chega a ser menor que muitos subcompactos atuais, verdadeiros heróis se expunham ao maior risco de explosões acarretados pelo uso de um combustível volátil nas viaturas.

Infelizmente não existe no Brasil uma cultura muito forte de reconhecimento ao que os militares fizeram pela liberdade, seja lutando contra os nazistas e fascistas na Itália quanto dificultando tentativas de implantar na pátria ideologias correlatas às quais a FEB participou ativamente do combate. É deplorável que a geração de veteranos brasileiros da II Guerra veja o termo "fascista" ser usado como insulto por semi-analfabetos que o aplicam contra quem defende valores de dignidade humana e decência pelos quais os "pracinhas" lutaram.

Um comentário:

  1. Essa questão dos pracinhas é muito delicada mesmo. Depois do regime militar, foi feito de tudo para tentar apagar qualquer referência honrosa a eles.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html