domingo, 6 de outubro de 2019

5 veículos subestimados porém melhores que muito SUV

O atual estágio de popularidade dos SUVs faz com que muitos outros modelos com outras opções de carroceria acabem perdendo espaço no mercado, seja por entraves burocráticos que podem tornar mais lucrativo classificar um crossover como "caminhão leve" para reduzir a incidência de impostos e enquadrar em normas de emissões menos restritivas dependendo do mercado que estejam inseridos, seja porque tentar concentrar o público generalista numa quantidade menor de modelos favorece a economia de escala. E considerando ainda as condições brasileiras, com fatores meramente subjetivos como capacidades de carga e passageiros ou tração servindo de parâmetro para restringir o direito de se usar motores Diesel sob o pretexto de assegurar disponibilidade de combustível para aplicações profissionais, eventualmente a escolha por um SUV acaba sendo mais motivada pela "Lei de Gérson" que por uma efetiva necessidade ou preferência pessoal. Naturalmente, tal medida acaba se refletindo na eventual dificuldade para atender a usuários com perfis tão distintos que podem ter sido induzidos a migrar para os SUVs meio que a contragosto quando poderiam até ser melhor atendidos com modelos de categorias diferentes. Dentre tantos veículos eventualmente melhores que muito SUV, ao menos 5 merecem um destaque especial.

1 - Gurgel Supermini: última interpretação do projeto de carro popular idealizado pelo engenheiro-mecânico João Augusto Conrado do Amaral Gurgel a ser comercializada, o modelo era desmerecido até por parte do público generalista nos segmentos de entrada, devido ao preço proporcionalmente alto em comparação aos modelos dos fabricantes de origem estrangeira favorecidos tanto pela escala de produção quanto pelo tamanho. No entanto, o simples fato de ter sido projetado como um pé-duro apto a enfrentar condições de rodagem pesadas desde o início, sem precisar de "tropicalização", não deixa de ser digno de nota. E mesmo com motor dianteiro e tração traseira, a distância entre-eixos curta proporciona uma maior concentração de peso próxima ao eixo motriz à medida que vai se aproximando da capacidade de carga máxima, favorecendo a tração em terrenos irregulares.

2 - Fiat Idea: assim como outros modelos da mesma fabricante, chegou a dispor da versão Adventure com pretensões semelhantes às dos SUVs da moda. O volume interno, uma característica que já é de se esperar nas minivans, proporciona uma versatilidade e um conforto superiores ao de SUVs que priorizam a forma sobre a função.

3 - Honda Fit: com um interior que permite diferentes arranjos da posição dos bancos de modo a acomodar objetos volumosos, oferece uma versatilidade acima da média. Convém destacar que a mesma configuração de carroceria, apenas com alterações na parte frontal, foi aproveitada pela Honda com o WR-V que é oferecido como mais uma opção de SUV mesmo não sendo nada além de um Fit modificado.

4 - Mitsubishi Expo LRV: um modelo que chegou ao Brasil em doses homeopáticas durante a década de '90, acabou por se tornar parte da memória afetiva de toda uma geração por causa das miniaturas de brinquedo. A disposição de motor dianteiro transversal e tração dianteira, com a opção por tração 4X4 tendo permanecido pouco comum fora do Japão, de certa forma guarda semelhanças com o que se vê na maioria dos SUVs crossover modernos, embora a carroceria de minivan montada sobre um chassi tipo escada acabe sendo um grande diferencial. Diga-se de passagem, é literalmente um ancestral do atual Mitsubishi ASX, com o qual compartilha o nome Mitsubishi RVR no mercado japonês.

5 - Kombi: um modelo que realmente dispensa apresentações, já foi o sonho de muitos aventureiros em função de conciliar generoso espaço interno a uma simplicidade mecânica extrema e um tamanho pouca coisa maior que o do Fusca. A configuração tradicional dos primeiros modelos da Volkswagen, com motor e tração traseiros, também proporcionava uma boa tração em diversas condições de terreno mesmo sem recorrer à complexidade da tração 4X4. A combinação de um espaço amplo e protegido de intempéries à relativa facilidade para trafegar por trechos rústicos faz com que a Kombi seja ainda muito apreciada por adeptos do camping, que fazem diferentes modificações no interior para ter mais comodidades durante viagens.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html