Mesmo para o transporte de cargas, que a princípio ainda pode oferecer uma maior tolerância a algumas peculiaridades de um câmbio automatizado de embreagem simples como os V-Tronic oferecidos não só em chassis de ônibus mas também em caminhões nas linhas Volkswagen Delivery e Constellation, seria o caso de analisar como modelos que eventualmente pareçam mais "especializados" para um cenário operacional acabam sendo exigidos uma versatilidade que pode ser constatada ao ver tanto modelos da linha Delivery originalmente destinada a faixas de peso bruto total menores já contando com opção pelo 3º eixo (embora o 13-180 conte somente com o câmbio manual mesmo) ou os Constellation que cobrem da faixa dos médios aos extrapesados em operações que abrangem desde percursos rodoviários de longa distância até entregas urbanas eventualmente como trechos de uma mesma rota. Por mais que miudezas vendidas em lojas de R$1,99 e sacos de farinha de trigo não dirijam-se ao motorista com ofensas após um susto causado pela falta de progressividade no controle da embreagem que fomentou a má fama dos câmbios automatizados de embreagem simples junto ao público generalista nos veículos leves, torna-se relevante observar não só a maior comodidade, durabilidade e segurança em trechos urbanos como também que é comum os câmbios automáticos contarem com relações finais de transmissão mais longas, viabilizando médias de velocidade razoavelmente altas com o motor operando em regimes de rotação mais modestos favorecendo tanto a economia de combustível quanto a durabilidade do motor.
Tanto para o transporte de passageiros quanto de cargas, não apenas naquelas operações mais comuns e lembrando também de aplicações especiais como microônibus Volare 4X4 usados em canteiros de obra ou como veículo de transporte escolar em zonas rurais, e ainda os veículos de transporte de valores que ficariam numa situação especialmente vulnerável caso o motorista erre uma passada de marcha ou falhe na operação da embreagem ao efetuar uma manobra de emergência, não deixa de ser curioso o quanto gestores de frota por esse Brasil afora nem sempre reconhecem as vantagens que um câmbio automático pode proporcionar. Com a manutenção ficando mais desmistificada, até mesmo à medida que esse recurso ganha espaço em veículos leves, também seria de se esperar que aplicações utilitárias deixem de ser vistas como uma eventual "frescura" e ofereçam benefícios operacionais e logísticos aos mais diversos segmentos de veículos pesados. Enfim, mesmo que ainda pudesse permanecer uma leve desvantagem na economia de combustível no caso de câmbios automáticos antigos, hoje as condições do tráfego urbano fazem com que a segurança e o conforto aliados a uma manutenção preventiva mais simples já os tornam mais desejáveis que um manual até em utilização profissional.
Seria mesmo melhor ter conforto num caminhão ou até numa caminhonete pequena que seja mesmo usada para trabalhar. E dependendo se forçar demais quando solta a embreagem depois de baixar uma marcha pode até estragar a amarração da carga e se ficar solta também é perigoso.
ResponderExcluirSe os gerentes das empresas de ônibus tivessem que passar pelo menos um dia inteiro dirigindo um ônibus desses mais simples para ser contratado, não precisaria nem esperar o câmbio automático virar obrigatório que já iriam querer a frota toda com câmbio automático.
ResponderExcluirDuvido que aguentassem fazer mais de 20 trocas de marcha só enquanto estão se preparando para sair do terminal.
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