1 - desempenho: não é incomum que persista a idéia de que motores Diesel teriam inerentemente um desempenho menos satisfatório em proporção às faixas de cilindrada, o que seria ainda mais destacado em motores de concepção mais antiga teoricamente mais fáceis de adaptar num carro antigo que um dos mais recentes;
3 - percepção do valor de revenda em proporção ao custo da adaptação: o brasileiro ainda tem uma idéia equivocada de que um carro seria investimento, eventualmente esperando auferir algum lucro ao se desfazer de um veículo. E tendo em vista que mesmo um motor mais rústico que até seja adaptável a utilizações automotivas pode ter um valor de revenda mais alto que o dum automóvel generalista como uma Parati "bola" já com marcas de condições de uso severo, é um tanto improvável que alguém com a intenção de recuperar o custo da adaptação se disponha a fazer uma conversão precária com um motor não-homologado para uso veicular;
4 - valor histórico: na prática, qualquer carro pode vir a ser reconhecido como histórico, tanto os mais generalistas e que tiveram um volume considerável de vendas como uma Parati "bola" com 4 portas quanto outros que tiveram uma aura de maior prestígio durante o ciclo de produção como o Ford Escort XR-3 Cabriolet. À medida que o tempo passa, é natural que algumas gerações se interessem por manter a originalidade dos carros que costumavam ver durante a infância ou quando aprenderam a dirigir na juventude, aplicando-se tanto a um modelo que ainda não se enquadra como colecionável no Brasil por ter menos de 30 anos quanto outro já reconhecido como tal;
5 - prestígio e esportividade: no caso específico do Escort XR-3 nacional, em que pese ter usado num primeiro momento o motor CHT tanto em versões a gasolina quanto etanol mas que na atualidade é um tanto subestimado quanto ao desempenho, é natural que a hipótese de adaptar um motor Diesel soe mais destoante da percepção de prestígio e também da esportividade associadas às características originais do modelo. Persiste entre alguns a idéia de que um carro que apresente pretensões esportivas deveria ter um motor de ignição por faísca, mesmo que na prática um motor turbodiesel atual na mesma faixa de cilindrada do CHT de 1.6L permita até um utilitário alcançar um desempenho mais vigoroso.
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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.
It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.
Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html