segunda-feira, 28 de março de 2022

5 motivos que podem tornar tentadora a idéia de "salvar" uma van asiática de porte médio

Um tipo de veículo que ficou muito comum pelo Brasil a partir da década de '90, mas aos poucos já está menos frequente de se ver nas ruas, vans asiáticas como a coreana Hyundai H-100 foram fundamentais na modernização do mercado automobilístico nacional, proporcionando uma efetiva concorrência frente à Volkswagen que basicamente deteve um monopólio na época de proibição a importações de '76 a'90. A posterior consolidação de uma preferência por vans de projeto europeu com motor dianteiro, que veio acompanhada da produção de alguns modelos no Brasil e na Argentina atualmente complementada pela importação de modelos fabricados principalmente no Uruguai e no México, foi um duro golpe contra os utilitários asiáticos principalmente a partir do ano 2000, e atualmente já é bem mais difícil ver alguma van asiática ainda em algum serviço remunerado de transporte de passageiros, com muitos exemplares tendo uma extensão da vida útil operacional no transporte de cargas. E a bem da verdade, por mais que uma van originalmente com acomodações para mais de 8 passageiros além do motorista já extrapole o limite para poder ser conduzida com CNH categoria B como é o caso de uma Kombi Standard, e lidar com a burocracia para alterar a espécie do veículo de "microônibus" para "camioneta" de uso misto ou até "motorcasa"/motorhome seja desagradável, é possível listar ao menos 5 motivos para considerar boa idéia evitar que uma van coreana sucumba ao uso severo e vá tão cedo para um desmanche:

1 - viabilidade de implementar melhorias mecânicas: lembrando que a Hyundai H-100 tem o projeto de origem japonesa da Mitsubishi, com a fabricação na Coréia do Sul sob licença, e opções tão diversas quanto tração 4X4 e até câmbio automático já costumavam marcar presença nos utilitários japoneses da época, uma relativa facilidade pode ser observada se alguém quiser radicalizar e eventualmente usar um conjunto mecânico mais vigoroso. Também no tocante à segurança, a possibilidade de incorporar freios com ABS é outra melhoria a ser considerada usando componentes de utilitários de fabricação recente e tamanho aproximado;

2 - footprint menor que o de uma pick-up média moderna: para quem efetivamente precise de um veículo utilitário e vá fazer serviços majoritariamente urbanos, uma van mais curta e estreita que ainda tem distância entre-eixos menor já oferece melhor manobrabilidade em espaços exíguos. O fato de ter um compartimento fechado e totalmente integrado ao veículo, sem depender da instalação de capotas comercializadas como acessório com diferentes níveis de qualidade e robustez e que podem formar uma zona de carga mais difícil de conciliar a um sistema de alarme antifurto e travamento central, na prática é outra característica bastante desejável;

3 - capacidade de carga e passageiros melhor que muito SUV: outro ponto a se destacar a favor das vans asiáticas de porte médio, em meio à atual moda de SUV que gera intensa canibalização com outras categorias de veículo, é o maior volume interno que pode atender bem a diversas necessidades entre o transporte de carga e/ou passageiros. Tendo em vista ainda a imagem de "estilo de vida" normalmente associada pelos publicitários aos SUVs mediante uma apresentação pretensamente "aventureira", no fim das contas um utilitário de concepção mais austera e inerentemente laboral pode se enquadrar até mais precisamente nesse contexto, quase como uma reinterpretação moderna da "Kombi hippie" para viajar pelo mundo;

4 - viabilidade para fazer experiências com combustíveis alternativos: livres de parafernálias como filtros de material particulado (DPF) ou do sistema SCR que mais recentemente ganhou espaço até em utilitários com peso bruto total abaixo de 3500kg no Brasil, e ainda com algum motor Diesel de injeção indireta que já pode servir para experiências com o uso de óleo vegetal como combustível alternativo e sem apresentar maiores inconvenientes com uma mistura de biodiesel ao óleo diesel convencional em proporções maiores que 20%. Até quem se dispuser a fazer testes com uma injeção suplementar de gás natural pode obter resultados interessantes;

5 - preços menos exorbitantes que os de uma Kombi: considerando a demanda pela Kombi e outros modelos históricos da Volkswagen por colecionadores estrangeiros, que tem levado alguns oportunistas a oferecerem sucatas a peso de ouro, as vans asiáticas sendo bastante subestimadas no Brasil podem ser convidativas tanto para quem deseje um utilitário para trabalhar quanto quem procure uma van para usar como veículo de lazer. O motor dianteiro, embora com a tração traseira proporcione capacidade de incursão off-road menor que a da Kombi em diferentes condições de carga, até se justifica pela intrusão menor e acesso mais fácil ao compartimento de carga. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem-vindo e entre na conversa. Por favor, comente apenas em português, espanhol ou inglês.

Welcome, and get into the talk. Please, comment only either in Portuguese, Spanish or English.


- - LEIA ANTES DE COMENTAR / READ BEFORE COMMENT - -

Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html