O som característico dos motores Harley-Davidson tradicionais, conhecido como "potato-potato", já se tornou uma espécie de marca registrada da marca e não conta entre os "defeitos", mas alguns aspectos criticados mais veementemente são o nível de vibrações e a potência específica desfavoráveis em comparação com concorrentes asiáticos de concepção mais moderna. Pode-se observar que são basicamente as mesmas críticas feitas contra os motores do ciclo Diesel...
As faixas de rotação de potência e torque das Harley-Davidson, considerando os padrões atualmente predominantes na indústria motociclística, também são relativamente baixas, outra semelhança que facilitaria a aceitação do Diesel entre o conservador público-alvo da marca. Convém salientar que em outros países, sem as mesmas restrições brasileiras à aplicação em veículos leves, alguns entusiastas já chegaram a fazer conversões de forma independente, na maioria dos casos tendo o uso do biodiesel em mente, sem sacrifícios significativos ao desempenho.
As motos Harley-Davidson são muito apreciadas para o uso em trajetos rodoviários, e nesse aspecto um motor Diesel não seria má idéia devido a um incremento na autonomia, possibilitando menos paradas para reabastecimento e poupando tempo durante viagens.
A grande aceitação das Harley-Davidson em frotas de organizações militares e corporações policiais, onde ainda garantem posição de destaque em cerimoniais ainda que existam no mercado muitas opções tecnicamente superiores considerando apenas aspectos tático-operacionais, também pode ser vista como um pretexto favorável a uma eventual introdução de algum motor Diesel para os modelos da marca. Facilitando processos logísticos em zonas de conflito devido à maior adaptabilidade a variações na qualidade de combustíveis e outros insumos, não há de se estranhar que motores Diesel sejam o padrão predominante nas frotas de países signatários do Tratado do Atlântico Norte (Tratado da OTAN), a ponto do United States Marine Corps (equivalente americano ao Corpo de Fuzileiros Navais) já usar algumas motocicletas com motor Diesel. E mesmo no uso para patrulhamento rodoviário ostensivo a maior autonomia já seria uma grande vantagem operacional...
Uma característica hoje pouco comum em motocicletas de fabricação recente mas que persiste nas Harley-Davidson é o câmbio ter uma carcaça independente do bloco do motor, o que facilitaria a adaptação de um motor Diesel com menos alterações, auxiliando na amortização de uma parte considerável do custo de desenvolvimento de projeto. Apenas a série Sportster usa um câmbio incorporado ao bloco do motor.
De qualquer forma, apesar da simples hipótese de se adaptar uma moto ao Diesel já soar herética para alguns, o cenário operacional predominantemente associado às Harley-Davidson já qualifica como uma opção viável no caso de uma queda das restrições embasadas em capacidades de carga, passageiros ou tração hoje em vigor no mercado brasileiro...
Rollin coal in a Harley might be great. I've been trying to convert one to Diesel with the stock engine block but not suceeding, as a last resource I maybe will try a V2 Chinese Punsun.
ResponderExcluirSempre fui fã das Harley mas nunca parei para pensar em como ficaria uma com motor a diesel. Até que não parece má idéia de todo.
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