terça-feira, 12 de maio de 2020

Uma rápida reflexão: Volvo XC40 T5, hibridização, combustíveis alternativos e uma rejeição artificial ao Diesel

Um modelo que já está disponível no mercado brasileiro faz algum tempo, a atual geração do Volvo XC40 passou recentemente a ser oferecida em configuração híbrida com motor de 1.5L a gasolina de 3 cilindros na configuração T5, que anteriormente só vinha com o mesmo motor de 2.0L e 4 cilindros do T4 mas recalibrado para oferecer mais potência e torque. A bem da verdade, mesmo se não fosse a versão híbrida, o motor de 3 cilindros já daria conta de atender satisfatoriamente não só ao XC40 mas também a outros modelos da Volvo, tendo em vista que foi desenvolvido desde o início pelo conceito do downsizing que norteou a atual geração de motores modulares da marca,com turbo e injeção direta em toda a linha. Destacando também um compartilhamento do mesmo projeto básico entre motores a gasolina e os turbodiesel, também chama a atenção como a Volvo parece estar fomentando em parte a rejeição que tem se formado contra o Diesel em veículos leves até em mercados tradicionais como é o europeu.
Dada a incidência de impostos mais altos sobre motores Diesel acima de 1.6L na Europa, chega a ser surpreendente a Volvo hoje só cobrir a faixa de cilindrada de 2.0L mesmo no XC40 que na atualidade é o modelo de entrada da marca quando um eventual turbodiesel de 1.5L atenderia bem e seria muito mais justificável para boa parte do público. Por já se fazer necessário recorrer a um filtro de material particulado também em motores a gasolina ou flex quando equipados com injeção direta para atender às normas Euro6d-TEMP, um ponto que parecia arruinar a competitividade do Diesel deixa de existir, e em último caso não convém desconsiderar a viabilidade de incorporar um sistema híbrido ainda que sem abrir mão de um motor turbodiesel, tanto o sistema BAS-Hybrid já oferecido nas especificações B4 e B5 de outros SUVs Volvo turbodiesel enquanto o XC40 fica só com o D3 e o D4 onde oferece a opção. E mesmo em meio ao modismo da eletrificação dos transportes, impulsionado pela narrativa de uma falsa "sustentabilidade", também chama a atenção que em meio a essa rejeição artificialmente fomentada contra o Diesel aparentemente sejam ignoradas as facilidades que a injeção direta oferece ao uso do etanol mesmo em climas frios como o da Suécia...

Um comentário:

  1. Será por causa desse problema de imposto na Europa que a Peugeot usa motor 1.6 até naquele furgão Expert? Mas se dá conta dum modelo daqueles que é meio pesadinho mesmo, não dá para dizer que fica ruim um motor assim num jipinho urbano que nem é tão grande e mesmo lotado não vá ficar tão pesado.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html