quarta-feira, 1 de julho de 2020

5 opções de motor para adaptar num Suzuki Vitara de 1ª geração

Um veículo robusto e com tamanho que permanece conveniente mesmo para usuários urbanos, e que o fato de ser classificado como utilitário viabiliza a homologação com motores Diesel, a 1ª geração do Suzuki Vitara não chegou a contar oficialmente no Brasil com a opção pelo motor Peugeot XUD9 que foi oferecido no exterior. Portanto, um repotenciamento pode se tornar uma boa opção para quem deseje usufruir de uma maior economia de combustível e durabilidade inerentes a um motor Diesel, e podem-se destacar ao menos 5 boas opções:

1 - Peugeot DW10: atualmente é oferecido no Brasil numa versão com controle de emissões mais rigoroso diante das normas Euro-2 que o Vitara estava apto a cumprir com os motores a gasolina que vinham para o Brasil, embora possa ser reprogramado para funcionar sem dispositivos como o filtro de material particulado (DPF) e o SCR. No caso específico do SCR, a necessidade de um reservatório para o fluido-padrão AdBlue/ARLA-32 ficaria ainda mais inconveniente nas versões de chassi curto e duas portas por uma questão de espaço. O porte parecido com o XUD9 originalmente oferecido em alguns países onde o Vitara teve opção Diesel facilita a adaptação;

2 - Volkswagen EA827: embora as versões a gasolina e etanol sejam muito mais difundidas, o bom e velho AP chegou a contar com versões Diesel cuja produção nacional supriu não apenas a exportação regional mas também teve alguma presença no mercado interno com o 1.6D com injeção indireta que foi originalmente usado na Kombi Diesel e que também fez sucesso na Saveiro quadrada. Até mesmo derivados mais modernos já com injeção direta, gerenciamento eletrônico e turbo como os EA188 e EA189 não deixam de ser basicamente aperfeiçoamentos do mesmo projeto básico que originou o EA827. O fato de já haver kits de adaptação com flanges para acoplar os motores Volkswagen no câmbio original do Vitara, dada a popularidade no segmento de adaptações especialmente no caso das versões a gasolina, facilita a escolha por um motor Volkswagen;

3 - Isuzu C220/C221/C223: mais conhecidos no Brasil pelo uso de versões estacionárias aplicadas a câmaras frigoríficas Thermo King e Carrier antes que passassem a usar motores Yanmar, o tamanho relativamente compacto para a cilindrada de 2.2L o torna uma boa opção. Vale destacar que, apesar de ser subestimada no Brasil, a Isuzu tem uma excelente reputação como fabricante de motores Diesel a nível mundial;

4 - Mitsubishi 4D56 e derivados: naturalmente um motor de 2.5L pode parecer overkill num Suzuki Vitara, além do representante brasileiro da Mitsubishi Motors ter persistido com a injeção indireta em faixas de potência mais elevadas causar um temor quanto a superaquecimentos, mas além de poderem ser ajustados para valores de potência e torque moderados que não prejudiquem a durabilidade ainda vale recordar o caso de versões com injeção direta que permanecem disponíveis em utilitários Kia e Hyundai já contando com gerenciamento eletrônico. Também tem um porte relativamente compacto em proporção à cilindrada, o que tende a facilitar adaptações;

5 - Perkins 404D-22: apesar de não ser muito leve, não dá para desprezar a tradição que a Perkins já teve no segmento veicular mesmo que atualmente não ofereça motores para aplicações automotivas. A potência relativamente baixa das versões agrícolas atualmente oferecidas no Brasil não constitui um impedimento para que ofereça desempenho satisfatório, ainda que justifiquem-se as ressalvas por se tratar de um motor com projeto mais rústico.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html