sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Caso para reflexão: Jeep "flatfender" modernizado

Para quem se apega facilmente a certas tradições, a idéia de um veículo com aparência mais antiga e um conjunto mecânico modernizado soa bastante atrativa, como no caso desse protótipo com um visual que remete a um Jeep CJ-3A numa escala maior e aplicado à base de uma Toyota Hilux SW4 da geração de 2005 a 2015. Muito me agrada a concepção tradicional de modelos como os Jeep CJ e até alguns SUVs derivados de pick-ups médias como ainda é o caso da SW4, também conhecida em alguns países como Toyota Fortuner, tendo em vista que algumas semelhanças conceituais improváveis entre calhambeques e caminhonetes modernas no tocante ao uso de um chassi separado da carroceria estão longe de ser um impedimento à incorporação de algumas modernizações como uma suspensão dianteira independente e sistemas de freio mais adequados às necessidades do tráfego tanto na cidade e estrada quanto no campo e áreas mais convidativas à prática do off-road recreativo. E apesar do Jeep CJ ser visto de modo geral como um utilitário austero, cuja rusticidade do projeto original contrasta com a moda dos SUVs e ainda dificulta a percepção como uma opção eventualmente racional até para uso cotidiano, convém destacar a viabilidade de implementar equipamentos de segurança obrigatórios para veículos novos como freios ABS e cintos de 3 pontos para todos os ocupantes, mesmo diante de uma isenção da obrigatoriedade de airbags para os jipes eventualmente sendo alvo de objeções do público generalista.

Embora me pareça preferível uma capota rígida para a eventualidade de um Jeep ainda servir para o uso urbano, tanto por ser teoricamente menos vulnerável a vandalismo quanto pela melhor vedação proteger das intempéries e facilitar a climatização considerando a possibilidade de equipar com ar condicionado, a viabilidade técnica de implementar melhorias a um projeto tão reconhecido e historicamente relevante é inegável. O porte maior desse exemplar específico comparado a um CJ-3A original, ou até a um CJ-5 que é o Jeep clássico visto com mais frequência no Brasil mesmo em uso cotidiano, chama uma atenção considerável e pode fomentar questionamentos em torno da adequação de um modelo dessa categoria a diferentes perfis de utilização, sendo inevitável fazer uma analogia à cultura do "owner-type Jeep" das Filipinas que me parece ser facilitada pela prevalência dos "flatfenders" na Ásia e as linhas mais retas que podem ser replicadas com ferramentais mais simples. E lembrando também que algumas gerações mais recentes de carros compactos apresentaram uma "engorda" significativa, inclusive no contexto dos "populares" brasileiros, a bem da verdade esse jipão ainda parece fazer bastante sentido, e justificar um eventual interesse em utilitários homologados para uso de motores Diesel no Brasil diante das restrições ainda em vigor com base nas capacidades de carga e passageiros ou tração inviabilizando esse recurso em carros generalistas.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html